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Arieli Groff

Educar é sobre acreditar

É preciso haver equilíbrio entre amor e limites

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Antes de qualquer técnica, ferramenta, metodologia e princípios, é preciso acreditar. Crer que é possível se praticar uma educação que liberta, que cria pontes no lugar de muros, que levanta a bandeira da liberdade de ser essência ao invés da restrita obediência de ser quem os outros desejam. 

Isso vale para filhos. Isso vale para as mães. 

Muito se fala na obediência das crianças, mas e essa obediência materna servil, pesada e irreal? Essa obediência que devemos seguir como sociedade, família, parceiro, grupos de amigos, vizinhos, que outras mulheres desejam que sejamos como mães? Esse modelo utópico e romantizado além da conta e irreal do que é ser uma “boa” mãe? Boa para quem?

Educar é sobre imperfeição 

É sobre tomar um tapa na cara da nossa incessante busca em sermos perfeitinhas. É aceitar que não controlamos tudo e descobrir que na real, não temos controle é de nada. Educar é sobre nos libertarmos das grades das nossas crenças obsessivas de como tudo deve acontecer para nos permitirmos ser quem é possível ser. E isso não é nem muito nem pouco. É o suficiente. 

Educar é sobre sermos suficientes 

Suficientes para que nossos dias não se tornem pesados demais, para que a nossa cobrança não ultrapasse o limite do necessário para evoluirmos, para que não nos escravizemos por um modelo desconectado das nossas possibilidades, para que nossos filhos não sejam sobrecarregados com nossas expectativas, para que nossas crianças tenham a permissão de também serem, suficientes. 

Educar é sobre libertar.

Libertar nossa história, nossos filhos e a nós mesmas, liberar nossa mente e nosso coração para deixar fluir, para nos permitirmos ter prazer na caminhada e não endurecermos além da conta, para que encontremos a nossa melhor versão possível enquanto aproveitamos a jornada de nos descobrirmos. 

Educar não é linha de chegada. É ser peregrino na estrada da vida. Na nossa estrada. Da nossa vida e dos nossos filhos.


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