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Patricia Chiela

3 coisas que são mais fáceis de falar do que fazer quando se empreende

Empreender exige esforço e muita dedicação

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Quem empreende sabe que existem “máximas” que escutamos com frequência. Na prática, quando se começa essa jornada empreendedora, uma das primeiras coisas que descobrimos é que falar é fácil, mas é a prática que muda tudo. Entre falar e fazer existe um caminho e é nele que muitas coisas se perdem.

Listei abaixo 3 pontos que são mantras atuais para quem tem um negócio e que muitas vezes são subestimados quando saem do papel:

1- criar um modelo novo

Se ele vai ser mesmo novo tem que criar, né? Parece óbvio, mas as pessoas querem um modelo novo buscando pedacinhos do velho pra dar um tapinha no visual. Se é novo precisa questionar o velho, identificar o que não serve mais, entender porque não serve (sim, porque simplesmente o novo pelo novo pode não mudar nada) e isso dá muito trabalho, demora mesmo. É uma reengenharia que por menor que seja não pode ser subestimada. Precisa o dobro de esforço para pensar de verdade um modelo novo que gere um resultado melhor.

2- lidar com o erro

Eu tenho 38 anos e fui educada para dar certo. A gente não lida bem com o erro, mesmo nos dias de hoje em que o fracasso vende. Não é fácil tratar disso de uma forma natural. Oh, errei, tudo bem, amanhã será um lindo dia novamente. Para a maioria das pessoas - tirando aquelas que tanto faz, tanto fez - errar é humano mas nem tanto assim. É humano ter receio de se expor frágil, é difícil para quem vê o erro de fora tratar isso de forma normal, não rotular pessoas como fracassadas. É realmente um esforço mecânico para muita gente, a maioria não sabe lidar com isso, que é uma das chaves para a colaboração acontecer de verdade no dia a dia.

3- mudar uma empresa

isso não acontece sem mudar a nós mesmos e as pessoas e aí está o grande desafio. Sempre me interessou entender qual o momento em que a gente sabe que mudou. Tem um dia, uma hora? Fui descobrindo e estudando para entender que não. Tem momentos diluídos em um esforço contínuo em que a gente se vê agindo diferente de forma mais natural. A mudança não é um episódio. Penso que o mesmo vale para empresas, porém em um nível infinitamente mais complexo e desafiador.

Para quem presta um serviço de consultoria como eu penso que o desafio é ainda maior. Além de internalizar e praticar isso tudo, temos o papel de ser um meio de fomento aos novos modelos dentro das empresas que atendemos.

Quanto mais complexo o ambiente, mais sofisticados nós temos que ficar.

por Patricia Chiela

Patricia Chiela é mãe do Alvin, que, por sua vez, é o CEO da Chiela Estratégia de Negócios. Com foco e raciocínio rápido, ela ajuda empresas e empreendedores a encontrar a verdadeira importância da inovação e da estratégia. É idealizadora da CO.RE e escreve a cada 15 dias aqui no Bella Mais sobre empreendedorismo.


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