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Patricia Chiela

Vou aceitar porque pode render indicação

Você já parou para pensar no poder da indicação para o seu negócio?

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Se existe uma coisa frequente nos projetos que faço, principalmente aqueles para empresas de serviços, é o poder da "indicação". Não tenho dúvida que é a principal força de vendas de uma empresa hoje. E nessa lógica, muitas vezes, os empreendedores ou as empresas aceitam determinados trabalhos ou clientes porque "podem render boas indicações". Acontece que há muitas coisas entre a porta de entrada e a indicação. 

Três delas com frequência fazem com que uma "boa entrada" não renda nada, além de muito trabalho ou em algumas vezes frustração e dor de cabeça:

1 - aceitar um trabalho que não é o seu forte apenas para entrar no cliente. A chance de isso dar errado é muito alta porque você não vai estar mostrando o seu melhor. Várias vezes as empresas topam até mesmo oferecer algo que nem faz parte do seu escopo abrindo mão do domínio técnico e da segurança de execução. Já vi muitas empresas saindo com arranhões grandes na imagem por não darem conta do que venderam.

2 - entrar no cliente e fazer bem feito um serviço que você não quer mais vender. A chance do cliente te indicar exatamente para a mesma coisa que você realizou para ele é enorme. Portanto, a menos que você deixe claro que topa o projeto mesmo não sendo seu foco de futuro, se você for bom no que faz tem chance de conseguir novos projetos desalinhados com seu foco estratégico. 

3 - conseguir entrar no cliente porque cobrou pouco. Quase impossível que renda uma indicação sem que já venha com esse parâmetro pré-estabelecido. Tem chances de virar um projeto que você cobrou pouco e vai ter que abrir mão de fazer com a qualidade que faria. Ou, que vá perdendo a energia que te fez começar o projeto com empolgação.

Indicação é sempre consequência. Eu encaro uma boa porta aberta como outro trabalho qualquer, onde vou cobrar o que é justo entregando o meu melhor. Qualquer coisa que saia disso trato como exceção. Minhas melhores indicações sempre vieram de clientes com quem eu criei laços honestos, sem segundas intenções ou objetivos velados. Para mim, dessa relação é que sempre vieram as melhores indicações. 

por Patricia Chiela

Patricia Chiela é mãe do Alvin, que, por sua vez, é o CEO da Chiela Estratégia de Negócios. Com foco e raciocínio rápido, ela ajuda empresas e empreendedores a encontrar a verdadeira importância da inovação e da estratégia. É idealizadora da CO.RE e escreve a cada 15 dias aqui no Bella Mais sobre empreendedorismo.


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