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Camila Saccomori

5 motivos para assistir ao filme "O Começo da Vida 2: Lá Fora"

Documentário sobre infância e natureza estreia no dia 12 de novembro nas principais plataformas digitais

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Você com certeza já ouviu a famosa expressão "criança de apartamento". Talvez até tenha sido uma delas. Quem tem mais de 40 anos, como eu, ainda lembra de como era brincar na rua - com liberdade e mais segurança. Mesmo assim, crescer em grandes centros urbanos sempre foi sinônimo de ver mais concreto do que verde. (Quando pequena, eu achava que moranguinho nascia em caixa de isopor. Abafa o caso).
De que "lá fora" estamos falando? Mesmo antes da pandemia, já era insuficiente o convívio das crianças em espaços abertos. Com o confinamento pós-coronavírus, então, nem se fala. Nossos filhos têm poucas oportunidades de se conectarem com a natureza. Esse é o alerta do documentário “O Começo da Vida 2: Lá fora”, idealizado e produzido pela Maria Farinha Filmes, Instituto Alana e Fundação Boticário. Estreia no dia 12/11/2020 em plataformas como Netflix.
O ponto central do filme é explicar que os maiores desafios da humanidade contemporânea e da construção de uma vida de mais bem-estar e felicidade OBRIGATORIAMENTE passam pela conexão mais intensa com o mundo natural. Uma sociedade mais sustentável e colaborativa começa por aqui.

Listei 5 motivos pelos quais TODO MUNDO precisa assistir ao filme:


1) Entender a influência da natureza no comportamento infantil

Crianças de diferentes culturas aparecem no filme mostrando sua relação com a natureza ou a total falta de contato com bichos, plantas e água ao ar livre. Vivências no meio ambiente impactam positivamente no bem-estar físico, emocional, social e até acadêmico. Já a privação de natureza colabora (negativamente) para surgimento de obesidade, hiperatividade, falta de equilíbrio e de agilidade, entre tantos outros problemas.


2) Pensar em alternativas mesmo durante a pandemia

Já falei disso aqui no Bella Mais recentemente defendendo uma volta às aulas com ensino ao ar livre. Ainda vamos longe nesse modelo híbrido presencial-remoto. Diversas cidades pelo mundo que valorizam e promovem mais atividades na natureza já passaram a adotar esta filosofia de pensamento TRANSFORMADORA que beneficia as crianças. Aliás, a recomendação da Organização das Nações Unidas (ONU) é de 12 metros quadrados de verde por habitante. Porto Alegre está bem na foto, com 50m2/habitante. São Paulo tem apenas 2,6m² de área verde por habitante. 


3) Ter ideias para aplicar na sua vida cotidiano

Pais, incentivem seus filhos a se apaixonarem pela natureza! É nas pequenas atitudes do dia a dia que isso começa, em casa, na escola, em qualquer espaço. O longa traz reflexões de renomados especialistas e pensadores da área da infância e do meio ambiente: certamente você vai ter insights de como inserir o verde na sua família. E se precisar de mais dicas práticas, a dica é o livro "A Última Criança na Natureza", do jornalista Richard Louv, que cunhou o termo Transtorno do Déficit de Natureza (TDN).

4) Uma mensagem de otimismo para o futuro

"Filmes futuristas trazem o melhor da tecnologia e o pior do ser humano. O quanto temos de imagens cinzas em produções como Black Mirror ou Blade Runner, entre outros? O que seria uma árvore? O verde nunca está presente nestes filmes. É um sonho de futuro que, na verdade, é um pesadelo", respondeu a cineasta Estela Renner na coletiva de imprensa da qual participei.
A conclusão faz sentido: você não pode ser o que você não pode ver! O audiovisual tem essa oportunidade. É um convite urgente. Filmes são uma ferramenta feliz para refletirmos juntos.


5) Está todo mundo junto nessa

Sabe como um filme desses consegue ser potencializado? Estão reunidas mais de 90 organizações da iniciativa privada, pública e representantes da sociedade de países como Brasil, México, Estados Unidos, Chile, Colômbia e Peru. É todo mundo realmente trabalhando para atuar em diversas frentes promovendo a conscientização. Você aí na sua área de atuação certamente consegue achar uma conexão com o tema e fazer sua parte. Paternidade/maternidade, educação, comunicação, saúde, sustentabilidade, arquitetura urbana... Temos a missão de divulgar a importância disso! 

 

por Camila Saccomori

Camila Saccomori é mãe da Pietra e jornalista especializada em Primeira Infância. Escreve conteúdos para famílias no projeto @vamoscriar. A cada 15 dias, compartilha no Bella+ dicas para criação de filhos e temas contemporâneos da parentalidade.


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