capa
Tamy Yasue

É possível viajar para a África do Sul?

Em lockdown há pouco mais de um ano, o país recebe turistas e vive uma rotina quase normal

publicidade

Na África do Sul, onde estou desde o início de fevereiro de 2020, se passaram 1 ano e 10 dias desde o primeiro lockdown. Falo primeiro, pois o país ainda está em lockdown, embora mais brando. É estranho falar sobre viagens em um mundo castigado pela pandemia e, justamente por isso me ausentei por um tempo. Neste intervalo, recebi o contato e o carinho de muitas pessoas em meu Instagram e por isso estou de volta!

Voltando ao assunto lockdown, por aqui estamos em nível 1, o que significa toque de recolher da meia-noite às 5h da manhã, sem aglomerações ou festas que reúnam um grande número de pessoas, templos religiosos limitados a 25% da capacidade. Os números relativos à COVID são divulgados diariamente pelo governo nas redes sociais e no site e são uma base para ajustar as restrições do lockdown. 

Em dezembro, quando começou a se propagar a variante sul-africana, eu estava viajando pela Wild Coast (da qual falarei em breve) quando, logo após o Natal, o presidente anunciou um novo lockdown nível 4 com praias fechadas, sem comércio de bebidas alcólicas e toque de recolher a partir das 21h. Na época o número de casos diários chegou aos 15 mil, baixando para cerca de 800 ao fim das restrições em fevereiro. 

Praias fechadas durante o verão

O verão na África do Sul ocorre no mesmo período que o Brasil e com o surgimento da variante B.1.351, o governo fechou todas as praias, rios e represas. Na foto acima, um exemplo: a belíssima Coffee Bay, na Wild Coast, totalmente vazia. A polícia fazia monitoramento constante a pé e de helicóptero. 

Como no primeiro lockdown muitas pessoas que frequentavam ilegalmente a praia foram multadas e tiveram problemas com a polícia, desta vez as regras foram respeitadas.

Como era de se esperar, o movimento de turistas caiu drasticamente e muitos negócios locais permanecem fechados temporária ou definitivamente. Surpreendentemente, um dos principais resorts de mergulho do país estava movimentado como nunca e com 100% das acomodações reservadas, pois os mergulhadores locais não puderam viajar ao exterior e prestigiaram as belezas locais.

É possível viajar para a África do Sul agora?

Eis a pergunta que recebo com muita frequência, seja de viajantes que querem vir a turismo ou como estudantes. Sim, é possível, mas as regras mudam com frequência.

Viajantes brasileiros são bem-vindos, mas devem apresentar teste PCR negativo de no máximo 72 horas antes do voo. Também é obrigatória a apresentação de seguro saúde com cobertura para o tratamento da COVID. Em teoria é necessário manter uma quarentena de 14 dias, porém não há fiscalização como na Europa.

Atualmente estamos em nível 1 de lockdown, então as atrações turísticas estão abertas, bem como restaurantes, vinícolas, pubs e shoppings. O que segue fechado são as nightclubs e não são permitidas as famosas festas nas vinícolas da Cidade do Cabo. Os restaurantes costumam aceitar pedidos até 21h, horário em que fecham as cozinhas para que os trabalhadores possam retornar para casa antes do toque de recolher. Vale lembrar que as máscaras são obrigatórias.

Para os estudantes de intercâmbio, muitas escolas fecharam definitivamente, mas as mais tradicionais seguem abertas e mantendo aulas presenciais com distanciamento social e máscara. As principais universidades mantém aulas online para a maior parte dos cursos.

A pandemia mudou a forma de viajar, de interagir com outras pessoas e com certeza já mudou os planos de viagem de muita gente. Mas ela não vai nos impedir de sonhar e planejar os próximos destinos, não é mesmo? Então vem comigo que a lista de lugares que quero visitar só fica maior e sonhar é seguro não custa nada!

Boa viagem!

por Tamy Yasue

Tamy Yasue é designer, yogui, mergulhadora e apaixonada por esportes. Adora estar em movimento, conhecer novas culturas, pessoas e olhar o mundo de um ângulo diferente, por isso isso viaja sempre que pode e nos intervalos pesquisa sobre novos destinos. Desde março, está vivendo na África do Sul, após a pandemia que parou o mundo.


compartilhe