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Perigo no verão: 59% dos afogamentos de crianças ocorrem em piscinas

Ralos de sucção são um dos maiores vilões; saiba como evitar acidentes

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A cada uma hora e meia, um brasileiro morre afogado. Deste número, 59% das mortes na faixa de um a nove anos de idade ocorrem em piscinas. Para agravar, a maioria das crianças de quatro a 12 anos, que sabem nadar, se afogam pela sucção da bomba. Os dados são da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa), resultados da pesquisa “Afogamentos: o que está acontecendo?”.

A combinação de uma estação com altas temperaturas somada às férias escolares tornam as piscinas uma ótima opção de lazer para os pequenos. Porém, todo cuidado é pouco com a questão dos afogamentos.

Nas palavras de David Szpilman, ex-presidente e atual diretor e médico da Sobrasa: “afogamento não é acidente, não acontece por acaso, tem prevenção, e esta é a melhor forma de tratamento”.

Atenção redobrada aos ralos

As tragédias, principalmente envolvendo crianças sugadas por ralos de sucção em piscinas, definitivamente não são de hoje. Afinal, drenos e bombas mal dimensionados podem causar o aprisionamento de cabelos, dedos, pulseiras, colares e outros objetos, provocando afogamentos. 

Infelizmente, mesmo que o ralo da piscina esteja protegido com grade ou outro aparato, se porventura estiver quebrado, ausente do local, tiver sofrido algum tipo de dano ou simplesmente estiver desgastado pela ação do tempo, o risco de acidentes aumenta consideravelmente. 

Uma grelha quebrada, por exemplo, pode fazer com que objetos ou um membro (dedo, braço, perna, cabelo...) fiquem presos no ralo. Há quem diga que uma tampa mais moderna, com aberturas menores, é a mais apropriada, mas não há 100% de garantia.

Como evitar

De acordo com a ONG Criança Segura, o afogamento é a segunda maior causa de mortes por acidentes de crianças e também pode causar danos permanentes no cérebro. Veja dicas para garantir a diversão dos pequenos, mas com segurança:

Crianças nunca devem ficar sozinhas quando estiverem próximas da água;

É imprescindível que a piscina tenha ralo anti sucção;

Faça uso do colete salva vidas - ele é o equipamento mais seguro para evitar afogamentos. Bóias são objetos recreativos;

Oriente a criança a não pular, correr ou empurrar outras perto de piscinas;

Mantenha os brinquedos do lado de fora da piscina;

Monitoramento constante: as crianças devem ser observadas a cada segundo, mesmo em piscinas plásticas ou banheiras.

por Mariana Nunes

Mariana Nunes é jornalista. Ama café, praia, chocolate e futebol - não necessariamente nessa ordem. É torcedora fervorosa do Internacional e repórter do Bella Mais. @a_marinunes


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