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Pós-férias: como ajudar as crianças a voltarem para a rotina

Ainda durante o recesso, a família já deve preparar os pequenos para o retorno à escola

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Janeiro é um mês marcado não só pelo calor e pelas viagens para o litoral, mas também pelo período em que as crianças estão de férias. Para muitos pais, o final do recesso traz consigo um desafio: o retorno dos pequenos à rotina. Os primeiros dias dessa volta à escola podem ser complicados e comportamentos como crises de choro e birras são bem comuns. 

Para evitar situações como essas, a pedagoga Sandra Wiebbelling aconselha: “Assim como no caso dos adultos, voltar à rotina precisa uma preparação e com as crianças isso não é diferente. Elas precisam ser preparadas para esse retorno, para esse final de férias”. 

Sandra explica que nas primeiras semanas, os pequenos apresentam mais dificuldades de retomar as atividades porque estavam de férias com a família, na casa dos avós ou na casa dos dindos e que esse é um período em que todos saímos da rotina. Além disso, há uma outra questão, a da distância dos pais.

Papel da família é fundamental 

Segundo Sandra,  o que se vê é que para as crianças pequenas o que se torna mais difícil é a separação dos pais. Elas vêm de um período grande de férias, em que muitas ficam o tempo todo com eles e daí, de repente, elas precisam voltar para a escola. Então esse momento acaba sendo mais complicado. 

"Daí entra o papel fundamental da família de preparar a criança, de passar confiança para ela, explicar que esse momento é necessário, mas que vai ficar tudo bem e que será legal voltar para a escola”, esclareceu a pedagoga. 

E engana-se quem pensa que as dificuldades se restringem apenas aos pequenos. Para alguns pais, se distanciar das crianças durante esses primeiros dias do retorno também pode ser difícil. Por isso, a Sandra reforça que a confiança na escola é essencial para que eles também se sintam mais seguros com o regresso e passem tranquilidade para os filhos. 

Além disso, na opinião da pedagoga, tratar o retorno como algo positivo pode ajudar as crianças a lidarem melhor com o fim das férias.

“Sem dúvida nenhuma, pois quando os pais mostram isso para os filhos e transmitem segurança, enfatizando a importância desse momento de retornar para a escola e para os espaços que a criança gosta, além de lembrar que ela reencontrará os amigos e as professoras, com certeza vai ajudá-la a elaborar melhor esse final de férias”, afirmou a pedagoga.

Como tornar o retorno mais fácil

Sandra listou alguns pontos importantes que devem ser levados em consideração no momento de auxiliar os pequenos para facilitar o seu retorno à rotina. Veja quais são eles:

Estabeleça um diálogo

Comece conversando com a criança alguns dias antes do retorno e reforce para ela o quão positivo será essa volta para a escola para ativar as memórias afetivas dela.

Envolva a criança no processo

Peça ajuda para organizar a mochila, os materiais e o uniforme, faça com que ela participe desses momentos que antecedem o retorno.

Elabore um cronograma

O cronograma pode ser visual ou apenas escrito e o mais importante é que a criança consiga visualizar todas as atividades que farão parte da sua rotina e também os momentos de lazer com a família. 

Retome a rotina de sono com antecedência

Alguns dias antes do retorno, ajude seu filho a retomar uma rotina adequada de sono, colocando-a para dormir mais cedo. Isso ajudará a garantir que quando as aulas iniciarem, ele já esteja habituado com os horários certos, inclusive para levantar.

Não ceda e negocie a permanência na escola

Nesse período de retorno, é comum que algumas crianças façam birra ou chorem para não voltar à escola. A dica de Sandra para esses casos é não ceder à vontade do filho e negociar com ele a sua permanência na escola. Dê a ele a opção de levar um brinquedo ou objeto para as aulas, por exemplo, para deixá-lo mais seguro. 

Transmita segurança para o seu filho

Por mais que seja difícil para os pais ver seu filho chorando ao deixá-lo na escola, é necessário entender que isso é algo passageiro, é apenas um processo. Se o adulto transmitir segurança, tranquilidade e confiança à criança, será mais fácil para ela se adaptar.


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