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Como e quando introduzir frutas na alimentação do bebê

As frutas são os primeiros alimentos oferecidos para os pequenos após o leite materno

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Um dos momentos mais marcantes no desenvolvimento dos bebês é a introdução das frutas na alimentação. Elas quase sempre são os primeiros alimentos oferecidos para eles. O simples preparo e a grande aceitação por parte dos pequenos facilita a vida das mães, mas essa etapa também pode gerar algumas dúvidas: quais opções oferecer? Quando começar?

A Organização Mundial da Saúde recomenda que a introdução de frutas seja feita a partir do sexto mês de vida, pois antes disso, os bebês possuem sistemas digestivo e imunológico imaturos. Também é indicado que a oferta seja feita mediante os sinais de prontidão: o bebê senta com pouco ou nenhum apoio; diminuição do movimento de empurrar com a língua os alimentos para fora da boca; mostra interesse pelos alimentos; tem controle da cervical e a cabeça firme; sabe levar objetos à boca.

“Os benefícios de incluir frutas na alimentação do bebê são diversos. Além de contribuírem na regulação do apetite e do intestino, elas possuem compostos bioativos que fortalecem o sistema imune da criança. Importante destacar que a oferta frequente de frutas e verduras variadas promove bons hábitos alimentares de forma natural”, explica a nutricionista assistencial do Hospital Moinhos de Vento, Mirian Benites Machado.

Mas qual fruta oferecer? A boa notícia para as mães é que não há ordem: todas são bem-vindas! “Os pais podem ofertar uma fruta nova a cada dia e observar se o bebê apresenta algum sinal de alergia. As frutas cítricas devem estar incluídas, até mesmo as mais azedas. É um momento de experimentar, de criar memórias e hábitos e, por isso, a variação é tão importante”, aponta Mirian.

Aos seis meses, as crianças podem consumir de duas a três porções de frutas por dia. Já a partir do sétimo mês de vida, de três a quatro porções. “É importante que a criança tenha bons exemplos dos seus cuidadores e que a oferta de alimentos seja colorida e diversificada. Ela pode rejeitar uma fruta em algum momento, porém deve-se oferecer essa mesma fruta outras vezes”, indica. Alguns estudos, inclusive, apontam que devem ser de oito a 15 vezes por conta da variação de sabores.

 

Como oferecer

 

A forma com que são oferecidas as frutas é importante. Mirian explica que as consistências recomendadas são inteira, em pedaços ou em papinha (preparar o alimento esmagado, não liquidificado), pois estimulam a mastigação.

“Se for uma fruta in natura, é importante adequar o corte para que a criança consiga pegar o alimento, levá-lo à boca e não sofrer com engasgos. Este método é chamado método BLW (Baby-led Weaning) e é amplamente utilizado, pois permite maior independência da criança, pois ela mesma guia a sua alimentação”, comenta.

Também é  possível ofertar as frutas de forma mista — in natura e em papa. Já os sucos não são recomendados antes dos dois anos de idade, nem mesmo os naturais. “Durante o processamento, perdemos as fibras, há maior concentração de frutose (açúcar da fruta) e pulamos uma etapa importante da alimentação da criança: a mastigação. Esse processo é fundamental para o desenvolvimento muscular da face, dentição e controle do apetite”, destaca.

 

Principais cuidados

Um dos pontos que merecem atenção dos pais é a higienização das frutas. “Além do processo de limpeza em água corrente, é importante utilizar água clorada para desinfetar o alimento”, explica Mirian.

A conservação também é importante pois a maioria das frutas podem ser armazenadas em refrigeração e até serem congeladas, em porções individuais, para que seja mais prático no dia a dia. 


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