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Ensino médio: hora de pensar nas decisões de vida e de carreira

Definir a profissão a seguir é um dos desafios que a escola pode ajudar a resolver

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O ensino médio é um dos períodos mais importantes da vida dos jovens estudantes. Muitas dúvidas e incertezas permeiam este momento: que carreira seguir? Em qual curso ingressar? Foi pensando em auxiliar os alunos na tomada de decisões que refletem para o restante da vida que o Grupo Fleming abre o seu primeiro colégio de ensino médio, em Porto Alegre.

De acordo com Paulo Landim, CEO do Grupo Fleming, as mudanças previstas para o novo ensino médio, além do acréscimo do Enem seriado, reforçam a importância de pensar na carreira profissional mais cedo. “Nosso objetivo é tornar o aluno protagonista e ajudá-lo a construir um plano de aprovação para a vida. É na escola que os adolescentes se descobrem como pessoas e precisam escolher uma profissão”, explica.

A diretora do ensino médio da escola, Ana Madruga, ressalta que os conteúdos abordados serão voltados para os principais processos seletivos do mercado de trabalho e para o Enem. “A ideia é que seja uma formação que use o ser humano e tenha o olhar voltado para as competências, através da inteligência emocional. Queremos formar jovens críticos, que entendam o seu papel. A escola é um local de formação de indivíduos, por isso é importante este olhar para o projeto de vida”, afirma.

Projeto de vida no currículo

Seja por vocação, incentivo da família ou vontade própria, muitos jovens decidem cedo a carreira profissional a ser seguida. Entretanto, essa não é a realidade de todos. Por isso, a ideia do Fleming foi incluir uma disciplina no currículo focada no projeto de vida dos alunos, que irá acompanhá-los durante toda a jornada do ensino médio. Conforme Ana explica, os estudantes terão um professor mentor que irá trilhar com eles esta jornada.

O primeiro ano terá como foco a experimentação. “Serão dois períodos semanais em que eles vão experimentar mais de 20 carreiras. Estão previstas visitas em universidades, oficinas e conversas com profissionais das mais diversas áreas”, explica a diretora. Já no segundo ano, o objetivo é a escolha de trilhas. “O jovem precisa fazer escolhas. Por isso, neste momento, ele poderá escolher entre as áreas de Humanidades, Saúde e Negócios. Caso não se identifique com a opção, poderá alterá-la ao longo do ano. Também estamos prevendo saídas e conversas com profissionais para ajudar na orientação”, complementa.

Já no terceiro e último ano, é chegado o momento de começar a planejar a saída dos alunos da escola. “Neste período, é preciso trilhar o planejamento para os próximos anos. E aqui não necessariamente estamos falando de ir para uma graduação - outros caminhos são possíveis, como um intercâmbio, por exemplo. Mas é preciso saber como fazer para chegar até eles e fazer todos os encaminhamentos para a saída dos estudantes da escola”, esclarece a profissional.

Escola como uma “parteira de sonhos”

Para o profissional da área de desenvolvimento de lideranças, resolução inventiva e master coaching, Edgar Powarczuk, a jornada dos jovens é resultado das escolhas feitas por eles. “Vivemos numa época em que é possível escolher qualquer coisa - por isso a opção da jornada se torna um caminho fundamental. Eu costumo usar em minhas mentorias o termo ‘parteira de sonhos’, e é isso que as escolas precisam ser para os estudantes”, afirma.

Powarczuk também lembra que, da mesma forma que novas profissões surgem a cada dia, daqui 5 anos, as carreiras mais comuns sequer existem nos dias atuais. “Também é importante ressaltar que o trabalho nem sempre é um passaporte para a felicidade. Inclusive, a maioria das coisas que nos fazem felizes na vida, acontecem fora do trabalho”, opina.


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