Volta às aulas pós quarentena: como preservar a saúde das crianças
Manter a imunidade alta e as regras de distanciamento e proteção dos alunos são as indicações
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O governador Eduardo Leite anunciou, no início da semana, o calendário da retomada das aulas presenciais no Rio Grande do Sul. As escolas de Educação Infantil, por exemplo, estão autorizadas a voltar a partir do dia 8 de setembro, nas regiões que estejam na bandeira laranja ou amarela por mais de duas semanas no modelo de Distanciamento Controlado.
Após seis meses de paralisação e com as crianças na maior parte do tempo em casa, uma das preocupações dos pais é com a saúde dos pequenos. Segundo o infectologista do Hospital Moinhos de Vento, Paulo Ernesto Gewehr, o isolamento domiciliar não afeta a imunidade das crianças. “Entretanto, temos visto o benefício do distanciamento social e das outras medidas de prevenção ao Covid-19 na diminuição de outras doenças infecciosas”, explica.
Os riscos e cuidados necessários na volta
Segundo o médico, o risco do retorno às aulas presenciais, em qualquer momento da pandemia, é de aumentar a circulação do vírus entre grupos específicos como alunos, pais, profissionais da educação, com reflexos para a população em geral. “Na fase onde a circulação do vírus está num nível alto, existe um risco maior dos indivíduos se contaminarem fora das escolas e aumentarem a chance de transmissão dentro das mesmas”, explica Gewehr. “As medidas de prevenção oferecem vários níveis de proteção que visam diminuir o risco de transmissão e devem ser implementadas conforme as características de cada escola e monitoradas”, acrescenta.
Além disso, o infectologista avalia como fundamental o engajamento de alunos, pais, professores e demais profissionais da educação nos cuidados de prevenção, pois os riscos de contágio existem dentro e fora da escola. “O monitoramento diário dos alunos, isolando os casos suspeitos para avaliação médica e testagem é peça essencial para diminuir o número de casos”, explica.
E o que fazer para manter a imunidade dos pequenos em dia e diminuir o risco de contágio e o impacto das doenças infecciosas? Confere as dicas do médico:
- Manter uma alimentação saudável;
- Ter sono adequado;
- Praticar atividade física;
- Manter as vacinas atualizadas;
- Evitar estresse físico e mental;
- Manter as doenças crônicas tratadas adequadamente.