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Romantização da maternidade e medo infantil são temas de livros

Arieli Groff, colunista do Bella Mais lança duas obras, uma para as mães, outra para os filhos

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Mães são fortes, guerreiras, heroínas. Estão dispostas a enfrentar com vitória todos os desafios trazidos pelo fato de colocar outro ser no mundo. Você já deve ter ouvido frases parecidas com essa - seja nos cartazes, propagandas ou até mesmo em conversas com outras pessoas. É a chamada romantização da maternidade, que mostra as mães sempre felizes, delicadas e carinhosas. Mas será que a realidade corresponde a esse cenário?

Foi justamente essa a motivação da psicóloga Arieli Groff, colunista do Bella Mais, na criação do livro “Quando uma mãe nasce: confissões, dores e amores da maternidade”, lançado recentemente. Conforme ela, a romantização da maternidade passa aquela ideia de que com o nascimento de um filho vai aflorar um amor incondicional na mulher. Ela explica que isso é real, mas não é tudo. “O amor é uma construção diária, um vínculo que vai se fortalecendo”, aponta. 

Arieli defende que o amor se faz presente não de forma constante, como qualquer construção. “Quando as mães não sentem esse amor incondicional o tempo todo, se sentem culpadas, a pior mãe do mundo, pois ninguém fala o que de fato se sentirá, no dia a dia e rotina com um filho”, comenta.

O livro traz textos que contam o que ninguém fala para as mães antes da maternidade, o que faz aumentar a culpa e a inadequação. Tudo com muito afeto e uma pitadinha de humor. “A ideia é mostrar para tantas mães que não estão sozinhas, desromantizar a maternidade, oferecer um apoio e sentimento de pertencimento ao mundo materno, por vezes tão cruel com as mulheres”, conta.

Arieli conta que as dificuldades enfrentadas pelas mães, principalmente no último ano, por conta da pandemia, também foram motivações para escrever a obra. “Atendo muitas mulheres e mães no consultório como psicóloga e também recebo mensagens diariamente de seguidoras nas redes sociais e percebi o quanto muitas estavam se sentindo inadequadas, solitárias, sem rede de apoio e afastadas dessa rede muito em função da pandemia”, relata. “A grande maioria está se sentindo muito sobrecarregada, sozinha, sem rede de apoio, com dificuldades inerentes e diferentes de acordo com a fase dos filhos”, complementa.

Medo infantil motiva outro livro

 

Outro tema que despertou interesse na psicóloga, durante o último ano, foi o medo infantil - que também foi transformado em livro. “Durante este período, passei por um processo de criação, bem pessoal, onde revi crenças e ideias que tinha para então me autorizar a publicá-los”, conta. 

Se a primeira obra foi pensada para as mães, “Que medo é esse?” foi feito para as crianças - e também lançado no último mês. Ariele explica que é um livro lúdico e simbólico. “Ele tem uma linguagem de fácil entendimento pela criança, com frases curtas e rimadas, expressando a forma como o medo é vivido e sentido pelas elas, oferecendo aos seus cuidadores uma ferramenta para entendimento e abordagem dessas situações tão comuns na infância mas por vezes ainda, tão cheia de dificuldades de manejo por parte dos adultos”, relata. 

Para Arieli, a forma como as crianças têm seus medos, emoções e sentimentos acolhidos, refletirá na segurança que irão desenvolver ao longo da sua vida. “Isso irá influenciar diretamente em como avançará em suas fases de desenvolvimento e nas relações que irá estabelecer ao longo da vida”, complementa.

Os livros estão disponíveis para venda de forma online


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