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Violência contra a mulher: onde buscar apoio no Rio Grande do Sul

O Bella Mais fez um levantamento de locais que oferecem acolhimento e ajuda para mulheres vítimas de violência

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O tema da violência contra a mulher tem sido motivo de debates e polêmicas nos últimos dias. Recentemente, dois casos envolvendo estupro ganharam repercussão nacional: o da menina de 11 anos que teve o abordo negado por uma juíza em Santa Catarina após ter sido estuprada e o da atriz Klara Castanho que também foi vítima de estupro, engravidou e optou por entregar a criança para a doação legal.

Em ambos os casos, o suporte oferecido por uma rede de apoio é fundamental, tanto para o recebimento de acompanhamento psicológico quanto para a proteção dos direitos garantidos pela lei. 

No Rio Grande do Sul, existem diversas iniciativas que oferecem acolhimento às mulheres. Abaixo, listamos locais em Porto Alegre e nas principais cidades do Estado onde vítimas de violência podem procurar ajuda.

Onde buscar apoio em caso de violência 

Em todo o Rio Grande do Sul, existem os chamados Centros de Referência de Atendimento à Mulher, que são espaços que acolhem mulheres vítimas de violência e oferecem apoio psicológico e social, além de orientação jurídica. 

Segundo a  Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do Tribunal de Justiça do Estado, são 28 centros no total, presentes em regiões que vão desde a Serra Gaúcha e o Litoral até a Fronteira Oeste e o Sul do Estado. 

Veja os endereços dos centros de algumas das principais cidades gaúchas:

Centro estadual

Centro de Referência da Mulher Vânia Araújo Machado

Travessa Tuyuty, 10 – bairro Centro

Referência: esquina com Desembargador André da Rocha

Fone para contato: 0800 541 0803

Canoas

Centro de Referência às Mulheres Vítimas de Violências (CRM) Patrícia Esber

Rua Siqueira Campos, 321 – bairro Centro

Referência: próximo à Estação La Salle do Trensurb

Fone para contato: (51) 3464-0706

Gravataí

Centro de Referência de Atendimento à Mulher (CRAM) Casa Lilás

Rua Coronel Fonseca, 122 – bairro Centro

Referência: próximo à 1ª DP

Fone para contato: (51) 3600-7720 / 7721 / 7722

Torres

Centro de Referência da Mulher Pricila Selau

Av. do Riacho, 850  – bairro Igra Sul (Campo do Torrense)

Fone para contato: (51) 3626-9150

Atende seis municípios: Três Forquilhas, Três Cachoeiras, Dom Pedro de Alcântara, Arroio do Sal, Morrinhos do Sul e Mampituba.

Caxias do Sul

Centro de Referência para Mulher (CRM) Rompendo Paradigmas

Rua Alfredo Chaves, 1333, 3º andar – bairro Exposição

Fone para contato: (54) 3218-6112 

Santana do Livramento

Centro de Referência de Atendimento à Mulher (CRAM) Professora Deise

Rua dos Andradas, 1157 – bairro Centro

Referência: próximo à Praça Mauricio Cardoso

Fone para contato: (55) 3968-1032

Uruguaiana

Centro de Referência de Atendimento à Mulher (CRAM)

Rua Dr. Maia, 3112  – bairro Centro

Fone para contato: (55) 3911-3018 ou (55) 99696-1357

Pelotas

Centro de Referência da Mulher de Pelotas

Rua Barão de Itamaracá, 690, Cruzeiro, Areal

Fone para contato: (53) 3279-4290 / (53) 3279-4713

Em Porto Alegre, mais de 700 mulheres já foram atendidas

A Capital, Porto Alegre, também possui um espaço destinado às mulheres vítimas de violência. O Centro de Referência de Atendimento à Mulher Márcia Calixto (CRAM) fica localizado na Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, na Avenida João Pessoa, 1105, e funciona das 9h às 16h. 

Criado em 2012, o CRAM está vinculado à Coordenadoria da Mulher da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social de Porto Alegre (SMDS) e é voltado especificamente para a situação da violência de gênero. Oferece serviços de acompanhamento, orientação e encaminhamento com a ajuda de uma equipe multiprofissional que presta atendimento jurídico e psicológico de forma gratuita. 

Em 2020, 1.051 mulheres foram atendidas pelo Centro. Em 2021, o número foi maior, 1.224 e do início deste ano até o momento (mês de junho), 710 mulheres vítimas de violência já foram amparadas pelo CRAM.

Violência contra a mulher em números

Os números de atendimentos às mulheres são um reflexo dos casos de violência registrados, que continuam assustando. De acordo com dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, o número de feminicídios ocorridos no último ano caiu, porém o número permanece alto.

No ano passado foram registrados 1.341 casos de feminicídio. Em 2020, o número foi de 1.354 mortes. Já a taxa de assassinatos de mulheres teve queda de 1,7%, comparando o ano de 2021 com o de 2020. 

Não há, no entanto, motivos para comemorar, pois os casos de outros tipos de violência praticadas contra as mulheres aumentou. Comparando os números do Anuário dos últimos dois anos, constata-se que casos como estupro aumentaram 3,7% em 2021, assédio sexual 6,6% e importunação sexual 17,8%.

por Vitória Nunes Soares

Como boa repórter, está sempre pronta para aprender sobre todas as coisas. Tem estilo low profile, ou seja, é meio sumida das redes sociais pois prefere viver.


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