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Dicas para montar um quarto dividido entre irmãos

Decoração criativa e entendimento das necessidades dos ocupantes são fundamentais para um resultado divertido

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Montar um ambiente para duas pessoas com personalidade e gostos diferentes, sem gerar atritos. Este é o dilema quando pensamos em quarto de irmãos. Pode ser difícil, mas é possível que o dormitório atenda às preferências de todos e seja um espaço de harmonia entre as crianças.

Um dos fatores determinantes para que isto ocorra é o envolvimento dos pequenos no processo de decisão desde o princípio. “Somente crianças que são envolvidas nessa discussão terão o aproveitamento máximo do espaço criado para elas. Evidentemente, dependerá da idade delas. Mas o profissional bem preparado saberá dar a elas a chance de se expressarem, em idades diferentes, o que realmente gostariam de ter nos seus quartos”, explica a arquiteta e professora do curso de Arquitetura e Urbanismo da Unisinos, Rosane Bauer.   

Ela enfatiza que, espaços de dormir também são lugares de sonhos, fantasia, contato com os seus brinquedos e com um mundo à parte que também é muito importante para o desenvolvimento da criança. “Assim, a participação delas no projeto fará com que a proposta seja assertiva”, afirma.

Outros pontos importantes

 

Idade e forma de convivência entre os irmãos: se são realmente próximos, quais os interesses de cada um em relação a atividades a serem realizadas no espaço, e o que compartilham de equipamentos de espaço de dormir;

Tempo de permanência no quarto ao longo do dia e quais atividades fariam em conjunto e individualmente: escola, lazer, entretenimento, e se amigos compartilhariam o espaço com eles;
Necessidades que ambos teriam em termos de espaços especiais para atividades específicas de cada um deles, e qual seria a repercussão no uso do espaço conjunto para o desenvolvimento das mesmas;

Ambiência do espaço (luz, cores, revestimentos, tipo de mobiliário, adereços...), que agradaria a ambos e seria a ideal para sentirem-se à vontade e tendo prazer em utilizar o quarto.

A faixa etária das crianças também deve ser levada em consideração. Conforme explica Rosane, para as menores de 5 anos, deve-se pensar em elementos que gerem segurança (quanto ao mobiliário, às esquadrias, contato com eletricidade, e adereços). “Além disso, é importante que se tenha uma boa iluminação natural e iluminação indireta próximo do horário de dormir, cores suaves para amenizar a energia e mobiliário que possa ser manuseado pela criança ao brincar e utilizar o quarto”, explica.

Já para as maiores, a cama, por exemplo, já pode ser diferente, sem a segurança rígida utilizada nos primeiros anos de vida, deixando-as mais à vontade. “A criança já começa a ter outros interesses, e isso influenciará nos adereços, nos revestimentos, e também no mobiliário, talvez exigindo um pouco mais de acomodação para os amigos e atividades coletivas”, afirma a arquiteta. 

Nessa fase, é necessário mais espaço livre no centro do quarto para brincadeiras com mais pessoas. “E seria desejável que o mobiliário fosse flexível para que a criança pudesse utilizá-lo de mais de uma forma. A cor ainda tem grande influência, mas nesta fase a suavidade começa a ser trocada por cores mais vibrantes”, explica.

Decoração

A arquiteta ressalta que deve-se criar um ambiente agradável, com boa entrada de luz natural, boa ventilação e boa iluminação artificial, com possibilidade de ter luz ambiente sempre que for desejável. “O ambiente deve ser harmônico, sem inserção de elementos em excesso, de tal forma que as crianças possam encontrar o que procuram, apreciar e utilizar tudo o que necessita em momentos diferentes da sua permanência no quarto. Deve estar adequada às faixas etárias das crianças e ser de sua preferência, caso as crianças já consigam expressá-la”, explica Rosane.

Mobiliário

Quanto aos móveis, a arquiteta defendem que devem ser práticos, de material lavável, boa durabilidade, sem pontas agudas na primeira infância e executados com segurança. “O mobiliário pode ajudar a instigar as crianças a guardarem as suas coisas e, também, gerar espaços criativos de brincar através de pequenas mudanças de algumas peças ou adereços. Assim, são as crianças que ‘criam’ o seu próprio espaço”, aponta a profissional.

Além disso, a organização do mobiliário no dormitório deve ser orientada pelas atividades que serão desenvolvidas no mesmo, avaliando entrada de luz, ruídos externos e espaços livre para circulação, brincadeiras e atividades coletivas, se for o caso.

Cores

A escolha das cores deve estar adequada à faixa etária das crianças e ser de sua preferência, quando as mesmas já conseguem decidir. “Cores vibrantes em paredes sempre geram ambientes pesados e inadequados para quartos, uma vez que é um local também de descanso. As cores suaves sempre atuam na sensação de harmonia e bem estar”, indica a arquiteta. 

A iluminação natural deve ser explorada o máximo possível, por ser muito saudável em áreas de longa permanência. “Móveis em tons claros suavizam o ambiente em qualquer faixa etária. Caso haja preferência pela inserção de cores vibrantes, os adereços podem dar resultados bastante criativos e harmônicos”, aponta.

 


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