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Michelle Obama: inspiração dentro e fora da Casa Branca

No dia em que a ex-primeira-dama dos EUA completa 58 anos, relembramos sua inspiradora trajetória

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Hoje é uma data especial para a família Obama. Neste 17 de janeiro, Michelle Obama, esposa do ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama, completa 58 anos. Com uma trajetória marcada pela luta por mais diversidade, a mãe de Malia Ann e Natasha, chegou na Casa Branca fazendo história, como a primeira mulher negra a ocupar o posto de primeira-dama norte-americana. 

De Chicago à Casa Branca

Michelle LaVaughn Robinson Obama nasceu e passou a infância e a juventude em Southside, um bairro em Chicago onde moravam principalmente famílias negras. Em 1981, rompendo preconceitos, seguiu os passos do irmão mais velho e foi estudar Sociologia e Estudos Afro-americanos na conceituada Universidade de Princeton. Já em 1985, ingressou na Escola de Direito da Universidade de Harvard, graduando-se como advogada três anos depois. 

Após sua formatura, passou a trabalhar no escritório Sidley & Austin e se especializou em Direito de Propriedade Intelectual. Foi no trabalho que ela conheceu o seu atual marido, o ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. Michelle foi tutora de Obama durante seu período de estágio no mesmo escritório em que ela trabalhava e em 1992, eles casaram.

A carreira política de Barack Obama teve início em 1996, quando ele foi eleito para o Senado de Illinois e posteriormente, em 2004, para o Senado dos Estados Unidos. Michelle sempre esteve ao seu lado, mas quando o marido anunciou sua candidatura presidencial, ela tinha receio de que isso pudesse ter algum impacto negativo sobre as filhas ainda pequenas na época.

Obama obteve o apoio da esposa após um acordo entre os dois e Michelle passou a ser uma figura ativa na campanha eleitoral, discutindo temas raciais, como a diversidade e a inclusão de negros e enfatizando a importância da educação. Em 4 de novembro de 2008, Barack Obama foi eleito o 44º presidente dos Estados Unidos e Michelle Obama se tornou a primeira-dama norte-americana, sendo considerada uma das personalidades mais carismáticas do país. 

Inspiração para jovens e mulheres

Mais uma vez com a ajuda de Michelle, Obama foi reeleito em 2012 e assim como na eleição anterior, a presença da esposa foi constante durante a campanha. A primeira-dama tinha um brilho próprio, escrevia ela mesma seus discursos e falava ativamente em comícios, sem ficar à sombra do marido. Michelle foi além do papel de primeira-dama e inspirou muitas mulheres na conquista pelo próprio espaço no mundo. 

Essa trajetória repleta de desafios é contada no livro de memórias “Minha História”, uma autobiografia lançada por Michelle em 2018 e que virou best-seller. A publicação vendeu mais de 15 milhões de cópias em todo o mundo e foi traduzida para 31 idiomas diferentes.

Nele, a ex-primeira-dama fala sobre sua vida em Chicago e conta como conheceu Obama, conciliou a maternidade com a vida profissional e viveu na Casa Branca. O objetivo do livro, segundo Michelle, é ajudar aqueles que precisam romper barreiras e, ainda, servir de inspiração para que acreditem que é possível chegar aonde se quer.

“Minha história” virou também uma produção da Netflix. Lançado em 2020, o documentário acompanhou Michelle durante as diversas entrevistas concedidas pela ex-primeira-dama nas 34 cidades norte-americanas pelas quais passou durante a turnê de divulgação do seu livro. 

No ano passado, Michelle lançou ainda o livro “Becoming”, uma adaptação de sua autobiografia voltada para o público jovem. "Prometo contar minha história em toda a sua confusa glória — desde a vez em que tive dificuldade de ler uma palavra diante de toda a turma do jardim de infância até meu primeiro beijo, as inseguranças que sentia enquanto crescia, o caos de uma campanha eleitoral e a estranha experiência de apertar a mão da rainha da Inglaterra (...). Espero que, ao ler minha história, você pense na sua”, escreveu a ex-primeira-dama na introdução da nova edição. 

Apesar de ser adaptada para jovens e crianças acima de 10 anos, a ideia da versão não é suavizar as situações pelas quais Michelle passou, como casos de racismo, por exemplo. Ao contar sua história com coragem e de forma franca, a ex-primeira-dama pretende convidar os leitores a refletir sobre suas próprias trajetórias, sobre quem são e quem desejam se tornar no futuro. Mais um trabalho inspirador dessa grande mulher!


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