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Baixas temperaturas e tempo seco podem afetar a saúde dos pets

Os donos devem estar atentos aos problemas respiratórios, oculares, articulares e infecções urinárias

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Nesta época do ano, marcada por quedas bruscas de temperatura e baixa umidade do ar, é preciso redobrar os cuidados com a saúde dos nossos bichinhos de estimação. O clima pode levar ao aumento de doenças respiratórias, como a gripe, ou ainda de problemas oftalmológicos, como as conjuntivites, além de doenças articulares e infecções urinárias. É preciso ter atenção aos sinais de mudança no comportamento dos pets e adotar medidas preventivas. 

O alerta vale para animais de todas as idades, mas em especial os pets idosos. Com o avanço da medicina veterinária e o estreitamento da relação entre humanos e pets, os animais têm vivido muito mais tempo e, consequentemente, houve aumento dos casos de doenças relacionadas à idade. 

O envelhecimento é um processo que acompanha uma série de eventos, como perda de massa muscular, disfunções cognitivas, alterações osteoarticulares e algumas delas podem manifestar piora com os dias mais frios do ano. Além dos animais idosos, outros grupos que merecem cuidados redobrados são os pets de pêlos mais curtos ou até mesmo aqueles que não têm pêlos. 

Problemas respiratórios

Normalmente, os quadros de problemas respiratórios são causados por vírus ou bactérias e os sintomas são semelhantes aos de qualquer resfriado: tosse, espirros, febre e falta de apetite. “São chamados de tosse dos canis ou traqueobronquite infecciosa canina”, explica Camila Camalionte, gerente técnica da área de Pet Health da Elanco Saúde Animal. Essas doenças podem ser causadas por vírus e bactérias comuns em cães, como por exemplo o vírus da parainfluenza canina, Adenovírus canino tipo 2, Bordetella bronchiseptica, Mycoplasma, entre outros. 

Para a prevenção, recomenda-se seguir o protocolo de vacinação, evitar, na medida do possível, que os pets fiquem em grupos, além de oferecer um local protegido para que o animal possa se abrigar, em especial para aqueles que dormem fora de casa.

As estações mais secas também predispõem a desconfortos relacionados aos olhos dos animais. Isso ocorre porque há um aumento da evaporação da lágrima nessas condições, o que colabora para o ressecamento dos olhos, deixando-os mais suscetíveis a desconforto ocular, olho vermelho, secreções, prurido ocular e autotraumatismo ocular.  “É importante manter a higiene da região dos olhos em dia e, com a orientação do médico veterinário, utilizar lubrificantes oftálmicos para mantê-los hidratados e protegidos nesses períodos”, orienta Camila.

Doenças articulares

Já em relação à ocorrência das doenças articulares, os quadros se acentuam no período em que as temperaturas caem. Com o frio, a musculatura se torna mais rígida e a circulação sanguínea e a oxigenação ficam comprometidas, o que gera agravamento nos casos de artrose e artrite. Além disso, em dias mais frios os animais tendem a se movimentar e se exercitar menos. 

“Por isso é importante que o dono fique atento a sinais como dificuldade de locomoção, sensibilidade ao ser palpado ou escovado, dificuldade em encontrar posição para deitar-se e dormir ou sinais que indiquem dor e desconforto. Sempre procurar seu veterinário de confiança ao notar qualquer alteração no comportamento do animal”, aponta Camila. 

A profissional também alerta sobre a importância de manter uma frequência diária de atividades físicas leves a moderadas, respeitando as orientações do médico-veterinário. É recomendável evitar subidas e terrenos irregulares, monitorar o local por onde o animal circula para evitar quedas, checar se o piso está escorregadio e se certificar que o pet esteja bem acomodado e protegido ao repousar. “Com o frio, é comum que animais que ficam nas áreas externas da residência procurem se esconder em locais muitas vezes perigosos, aumentando os riscos de acidentes”, alerta a veterinária.

Infecções urinárias 

Entre as enfermidades mais comuns do inverno também estão as infecções urinárias. Nessa época, os animais diminuem muito a ingestão de água, se movimentam menos e acabam por reter urina, o que acarreta problemas no trato urinário, causando as infecções bacterianas de urina. Gatos com alterações do trato urinário inferior podem apresentar dor e dificuldade ao urinar, além de mudança de comportamento de micção. 

“Para prevenir o ideal é estimular o pet a consumir água ou fornecer alimentos úmidos, como sachês, que aumentam. a ingestão hídrica. E claro, levar o animal ao veterinário imediatamente ao notar qualquer mudança no comportamento”, finaliza Camila.

por Mariana Nunes

Mariana Nunes é jornalista. Ama café, praia, chocolate e futebol - não necessariamente nessa ordem. É torcedora fervorosa do Internacional e repórter do Bella Mais. @a_marinunes


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