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Castração: confira todos os cuidados necessários com o seu pet

O procedimento é simples, mas exige alguns cuidados no pós-operatório

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Apesar de ser um procedimento considerado de baixo risco, a castração ainda preocupa os donos de pets. Dúvidas em relação à idade adequada, à cirurgia e aos cuidados pós-cirúrgicos são frequentes. A castração é muito recomendada na medicina veterinária, tanto para cães quanto para gatos. 

De acordo com a veterinária da Hercosul, Renata Zimpel, apesar de ser uma cirurgia de baixa complexidade, são necessários alguns cuidados decisivos para que tudo ocorra bem com o pet e para garantir a segurança do procedimento.

“No pré-operatório é necessário escolher uma boa clínica e um bom cirurgião para fazer uma avaliação clínica do pet. Depois disso, se estiver tudo certo, é essencial que o tutor siga rigorosamente a preparação para a cirurgia com jejum alimentar de 12 horas e restrição de água por seis horas, no mínimo, para que não aconteça nenhum problema em relação à anestesia”, relata.

Já no pós-operatório, os cuidados são para garantir o bem estar do seu bichinho de estimação. “Dar as medicações nos horários prescritos é importante tanto para conter a dor quanto para a recuperação plena. Oferecer alimentação, água e um local confortável para descansar também são essenciais para garantir o conforto durante esse período”, orienta Renata.

Também é importante evitar atividades físicas e garantir que o paciente não mexa na incisão para que não arranque o curativo e acabe rompendo a sutura. “Caso a última parte aconteça, é importante fazer uma avaliação com o veterinário para ver se é necessário refazer os pontos”, alerta a profissional.

De acordo com Renata, para impedir essa situação a malha cirúrgica e o colar elizabetano são as opções mais comuns. “Para escolher entre eles é importante levar em consideração a capacidade de adaptação e particularidades de cada animal”, informa.

Benefícios da castração

A veterinária ressalta que a castração dos pets é um fator importante para a prevenção de doenças, como câncer de mama, nas fêmeas, e de próstata, nos machos, o que influencia direta e significativamente na longevidade.

“Outro fator importante é que a cirurgia evita que as fêmeas fiquem prenhas indesejadamente e acabem sendo maltratadas, e até abandonadas, junto com os filhotes”, aponta Renata.

A profissional também chamou a atenção para as mudanças que acontecem com os pets após o procedimento. “A principal é a mudança no metabolismo deles, o que pode acarretar em sobrepeso e obesidade, pois, tanto cães como gatos, acabam ficando mais calmos devido às mudanças hormonais, apresentando um aumento no apetite”, explica.

Por isso, é imprescindível que a alimentação seja adequada para castrados, com baixas calorias e ingredientes que auxiliam na manutenção do peso. “Para os gatos, a adequação da dieta para castrados é benéfica também para o trato urinário dos felinos, que possuem uma grande probabilidade de desenvolverem patologias relacionadas devido a cirurgia”, aponta a profissional.

Quando castrar?

Renata explicou que atualmente a indicação de castração para fêmeas é após o primeiro cio e para os machos é após os sete meses, sendo para os gatos, quanto mais perto do primeiro ano, melhor.

“A castração precoce, antes amplamente indicada, mostrou ao longo do tempo uma relação importante com problemas de trato urinário em cães e gatos e, em função disso, deixou de ser recomendada, salvo exceções”, finaliza a veterinária.


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