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Prevenção do câncer de mama começa na gestão das emoções

Outubro Rosa também deve alertar sobre como a gestão das emoções pode ajudar as mulheres na prevenção de doenças

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A chegada do Outubro Rosa reacende, todos os anos, o alerta sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do Câncer de Mama, um dos que mais atinge mulheres no Brasil. Pouco se fala, porém, de o quanto as emoções impactam, não só a saúde mental, mas também a física da mulher. 

“Aquilo que aflige a alma, afeta também o corpo. Nós somos seres integrais e uma vida saudável depende do equilíbrio entre físico e emocional. Eles andam em conjunto. O corpo de cada pessoa é como um diário escrito pelas suas emoções”, explica Natalia Leite, jornalista e cofundadora da Sonata Brasil, escola de formação de líderes.

As nossas emoções podem desencadear sintomas físicos. Quer um exemplo? Você já sentiu uma dor de cabeça durante algum momento de muita raiva ou estresse? Isso ocorre quando nos faltam ferramentas para fazer uma boa gestão das emoções. “Acabamos externando-as de forma física”, complementa Natalia.

Cuidado consigo mesma é prevenção

A prevenção de muitas doenças começa na atenção dada à saúde mental. “Melhor do que tratar a cárie, é escovar os dentes para que ela não surja, certo? Olhar para as emoções também é agir de forma preventiva. Ao cuidar da saúde emocional, contribuímos também para a saúde física”, lembra Natalia.

Ela relata que através do seu trabalho na Sonata Brasil, e do contato com milhares de mulheres, nota que existe uma relação direta entre a saúde das emoções e do corpo. A jornalista ressalta, no entanto, que não se pode atribuir o surgimento de uma doença apenas ao emocional. 

Fatores como genética e hábitos também têm grande influência. “Além da predisposição genética, que todas nós podemos ou não ter, existe uma faísca, um estopim para desencadeamento de doenças que é influenciado pelo ambiente interior, pelas emoções e por como cada um lida com as coisas”, pontua.

Dicas para lidar melhor com as emoções

Depois de compreender a importância das delas é necessário entender também o que pode ser feito, no dia a dia, para gestão das emoções, recomenda Natalia. 

“A gente trabalha muito esse conceito na Sonata. Uma emoção não desaparece se você não lida com ela. Ela é apenas deslocada. Então se você está muito brava com uma coisa e joga isso para debaixo do tapete, não se esqueça que o ‘tapete’ é o seu corpo. O que a gente precisa aprender é lidar com as emoções, dar vazão, fazer, de fato, a administração delas”, sugere a jornalista.

Cada pessoa administra suas emoções de uma forma diferente. Isso pode ser feito, por exemplo, através da atividade física, da escrita, da terapia ou da arte. O importante é materializar os sentimentos de alguma maneira, externá-los para assim evitar o risco de deslocamento para sintomas físicos.


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