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Dia Mundial de Combate ao Diabetes: que cuidados as mulheres precisam ter?

Doença silenciosa pede atenção pois pode ocasionar problemas de saúde como cegueira, insuficiência renal, doenças cardiovasculares e amputações

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Comemorado desde 1991, o Dia Mundial de Combate ao Diabetes é um momento de conscientização sobre essa doença silenciosa, mas que acarreta graves problemas de saúde, como cegueira, insuficiência renal, doenças cardiovasculares e amputações. O 14 de novembro é a data de aniversário de Sir Frederick Banting que, juntamente com Charles Best, descobriu a insulina.

O que é a diabetes e quais os seus tipos

A Diabetes Mellitus é uma síndrome metabólica de origem múltipla, decorrente da falta de insulina e/ou da incapacidade e/ou falta de insulina para exercer adequadamente seus efeitos. Ela se caracteriza pela hiperglicemia, que é a permanente alta taxa de açúcar no sangue. Produzida pelo pâncreas, a insulina é responsável pela manutenção do metabolismo (quebra da glicose) e da energia que mantém o organismo funcionando.

De 5 a 10% dos casos de diabetes correspondem ao tipo 1. Nele, o sistema imunológico ataca as células que produzem a insulina, fazendo com que não haja produção suficiente para fazer com que a glicose entre nas células. Quando ela fica na corrente sanguínea, as taxas de glicemia sobem.

Já a diabetes tipo 2 costuma ser assintomática, manifestando-se apenas na idade adulta, após os 40 anos. Ela ocorre principalmente em pessoas obesas, com comportamento sedentário, hábitos alimentares não saudáveis e histórico familiar de diabetes. A evolução lenta dos sintomas pode ocasionar complicações tardias, como problemas renais, oftalmológicos e neuropáticos. 

Fome frequente, sede constante e vontade de urinar diversas vezes por dia são sintomas comuns aos dois tipos de diabetes. No tipo 1, a pessoa ainda sofre com perda de peso, fraqueza, fadiga, mudanças de humor, náusea e vômito. Já quem tem diabetes tipo 2 tem formigamento nos pés e mãos, infecções frequentes na bexiga, rins, pele e infecções de pele, visão embaçada e feridas que demoram para cicatrizar.

A diabetes tipo 1 é tratada com injeções diárias de insulina, que mantém a glicose no sangue em valores considerados normais. Já a diabetes tipo 2 pode ser tratada com diferentes medicamentos, que serão receitados pelo médico de acordo com cada caso.

Diabetes entre mulheres: o que muda?

A pesquisa Vigitel Brasil, divulgada pelo Ministério da Saúde, aponta uma frequência maior do diabetes em mulheres do que em pacientes do sexo masculino. Em 2021, cerca de 9,1% da população brasileira teve diagnóstico médico de diabetes; entre as mulheres, o percentual é maior, de 9,6%, enquanto a média entre os homens é de 8,6% do total.

Ou seja, há uma maior ocorrência de casos de diabetes entre mulheres. Na prática, isso pode significar a manifestação de outros sintomas além dos que são comuns a ambos os sexos. Entre as mulheres que desenvolvem o diabetes tipo 2, é possível ocorrer:

  • Infecções por fungos vaginal e oral e candidíase vaginal;
  • Infecções urinárias;
  • Disfunção sexual feminina;
  • Síndrome do ovário policístico.

 Se você percebeu algum sintoma de diabetes – ou passou por alguma dessas infecções ou síndromes que podem ser um sintoma colateral - procure atendimento médico especializado, para buscar o diagnóstico correto e dar início ao tratamento. Mas, se está tudo bem com você, foque na prevenção. E a melhor forma de prevenir o diabetes é a mesma que ajuda a evitar diversas outras doenças: ter hábitos saudáveis, priorizando uma alimentação balanceada e a prática de atividades físicas.


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