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Setembro em Flor: mês alerta para os tumores ginecológicos

A neoplasia de ovário é a neoplasia ginecológica potencialmente mais grave

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Você sabia que o Setembro em Flor é o mês dedicado à prevenção e tratamento dos tumores ginecológicos? A neoplasia de ovário é a neoplasia ginecológica potencialmente mais grave. É o oitavo câncer mais incidente entre as mulheres no mundo, correspondendo a um risco estimado de 7,8/100 mil mulheres. Conforme dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), em 2020 a estimativa foi de 6.650 novos casos no Brasil. 

Entre as formas de prevenção estão uma dieta equilibrada, prática de atividade física regular, controle do peso e das demais comorbidades/ doenças. Mulheres com antecedentes familiares de câncer da mama e/ou ovário devem ter maior atenção. A maioria dos casos deste tipo de neoplasia é esporádico, ou seja, acontece ao acaso e não necessariamente estão associados a um fator genético. Porém, cerca de ¼ destes tumores de ovário são hereditários, tendo uma predisposição genética herdada do pai ou da mãe. 

A oncologista Fernanda Costa do Nascimento, integrante da Oncoclínicas RS, explica que alterações genéticas hereditárias passam de uma geração para outra e aumentam a chance de neoplasia ao longo da vida. Quando o câncer de ovário é diagnosticado, o teste genético deve ser recomendado, pois esta é uma informação importante para o paciente (do ponto de vista de tratamento) e para os seus familiares, pois caso apresentem mutações genéticas devem ser acompanhados e submetidos a aconselhamento genético familiar. 

Atenção às alterações do corpo

Fernanda orienta também que todas as mulheres devem ter o hábito de cuidarem-se e estarem atentas aos sinais de mudança no seu corpo. Alterações como aumento do volume abdominal, desconforto pélvico, inchaço nas pernas, alteração abrupta do hábito intestinal e/ou urinário, dores, são sinais e sintomas que indicam que algo pode estar alterado com seu corpo e que seu médico deve ser procurado. 

O diagnóstico é feito com consultas médicas regulares, exames clínicos, laboratoriais ou de imagens. Em caso de suspeita, a melhor maneira de diagnosticar o câncer de ovário é por meio de cirurgia. 

Quando o diagnóstico de câncer de ovário é estabelecido, o tratamento dependerá do estágio e características da doença e da indicação do médico especialista.  A modalidade mais importante é a cirurgia, que geralmente é complementada com quimioterapia e terapia-alvo. 

Estas terapias-alvo são tratamentos que têm por objetivo atingir células cancerígenas de forma mais específica, com menor dano às células normais, fazendo parte de avanços que ocorreram recentemente no tratamento do câncer de ovário, sendo indicadas em alguns grupos de pacientes, de acordo com o estágio da doença e presença de alterações genéticas.

Imunoterapia em debate

A imunoterapia, um tipo de tratamento contra o câncer que visa combater o avanço da doença pela ativação do próprio sistema imunológico do paciente, será um dos assuntos em debate durante o XX Congresso Sul-Brasileiro de Obstetrícia e Ginecologia, entre os dias 15 e 17 de setembro. 

“O objetivo do uso destas medicações é estimular as células do nosso sistema imunológico a reconhecer células tumorais como um ‘organismo agressor’, facilitando assim a sua destruição”, explica Betina Vollbrecht, mastologista da Oncoclínicas RS. A especialista será a moderadora do Simpósio Satélite sobre Imunoterapia em Câncer Ginecológico e Câncer de Mama, promovido pelo Instituto Oncoclínicas.


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