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Disbiose: saiba como evitar o desequilíbrio no intestino

Condição pode desencadear doenças como obesidade

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Provavelmente você já sentiu prisão de ventre, gases, dores abdominais, azia e até outros sinais, como náuseas, vômitos, distensão abdominal e diarreia. Se os sintomas se manifestam de forma isolada e ocasionalmente, eles podem ser uma condição temporária, como a ingestão de um alimento específico que não "caiu bem". Porém, conviver frequentemente com alguns deles é motivo de alerta, pois eles podem indicar uma condição clínica chamada disbiose intestinal.

A biomédica Claudia de Souza explica que a disbiose intestinal acontece quando há um desequilíbrio entre os micro-organismos que vivem na microbiota intestinal, desencadeando diversos prejuízos ao organismo. 

“Essa desarmonia pode ocorrer devido à perda dos micro-organismos benéficos, pela redução da variedade bacteriana geral ou pelo crescimento em excesso de organismos potencialmente prejudiciais”, comenta, enfatizando que essas situações podem ocorrer ao mesmo tempo. 

Mas como isso acontece? A nossa região gastrointestinal, chamada de microbiota intestinal, é povoada por bactérias, vírus e fungos, que são responsáveis por manter a integridade da mucosa, controlar a proliferação das bactérias patogênicas (perigosas para o organismo) e manter o bom funcionamento do sistema digestivo. 

Esses micro-organismos também metabolizam nutrientes, minerais e fitoquímicos no intestino, assim como ajudam a produzir vitaminas, enzimas, componentes responsáveis pela renovação celular e, também, 90% da serotonina do corpo.

As causas

Segundo a biomédica Claudia, diversos fatores podem contribuir com o desenvolvimento desse desequilíbrio na microbiota intestinal. Entre eles, ela destaca:

Uso frequente de antibióticos, anti-inflamatórios, laxantes, 

Má alimentação, com o consumo exagerado de produtos processados,

Ocorrência de alergias alimentares,

Presença de doenças como câncer e a síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS),

Exposição em excesso ao estresse e 

Exposição a toxinas. 

“Além desses fatores externos, a faixa etária, o pH do intestino e a condição do sistema imune da pessoa também são condições que se precisa avaliar quando o paciente apresenta perturbações intestinais”, cita.

Além disso, a disbiose intestinal também é um dos sintomas da síndrome do intestino irritável, desordem gastrointestinal funcional que também se manifesta por dor e distensão abdominal, inchaço, alterações no trânsito intestinal como diarréia e/ ou constipação.

Condição que pode causar doenças

Como a disbiose intestinal é uma condição - e não uma doença - ela exige uma atenção constante, especialmente aos sintomas. Isso porque quando a microbiota do intestino não está bem cuidada e nutrida, os sintomas voltam e, em alguns casos, podem desenvolver doenças, tais como:

Obesidade, 

Síndromes de má absorção, 

Diarreia, 

Fadiga, 

Depressão, 

Diabete Mellitus tipo 1,

Dermatite atópica. 

A principal forma de proteger a microbiota e evitar a disbiose intestinal é investir em uma alimentação saudável. A ingestão de alimentos com probióticos, como leite fermentado, kefir e iogurte, por exemplo, é indicada por afetar positivamente os micro-organismos. Lembre-se também de sempre tomar água e incluir no cardápio uma maior variedade de frutas, vegetais, legumes, fibras e grãos integrais.  


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