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Como evitar o mofo e se prevenir de alergias e infecções de pele

Com a chegada do frio, a umidade dos ambientes pode gerar uma maior proliferação de fungos

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Ainda estamos no outono, mas já é possível sentir uma mudança nas temperaturas. Dias mais fresquinhos têm se tornado comuns e o frio vem acompanhado de gripes, resfriados e outros problemas.

Doenças respiratórias, como a rinite alérgica, são frequentes nesse período e podem ser causadas por meio do mofo – uma combinação de diversos tipos de fungos. Elas atingem cerca de 25% da população mundial, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), e regiões com clima úmido, como o Brasil, facilitam a proliferação dos tais fungos, que podem causar desde micoses e alergias, até outros problemas de saúde. 

Cuidados começam em casa

O médico infectologista Marcelo Otsuka, da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), aponta que existem diversos tipos de fungos e que o cuidado para manter uma rotina de proteção com a saúde começa dentro de casa. 

“Algumas superfícies que ficam em atrito com a pele e acabam acumulando restos biológicos no local, como a cadeira do home office, o sofá, o travesseiro e o colchão, especialmente quando as pessoas suam e permanecem durante muito tempo ali, podem acumular diversos tipos de fungos, que são prejudiciais à pele”, destaca.

Ainda segundo explica Otsuka, ambientes úmidos facilitam a proliferação de mofo e bolor. Eles podem estar na água, no solo, no piso, ou até em objetos de uso pessoal, como sapatos e toalhas. “Quanto maior a umidade, maior a proliferação e dispersão de fungos, podendo desencadear quadros alérgicos. A umidade do próprio corpo, principalmente entre os dedos, virilha e axila, também favorecem o desencadeamento das infecções de pele”. 

O que fazer para evitar o mofo 

Como recomendação, o médico infectologista orienta manter os ambientes arejados e permitir a incidência da luz do sol sempre que possível. “Também vale observar possíveis manchas em estofados e cadeiras ou partes com coloração diferente, já que podem indicar a contaminação por fungos nessas superfícies”, indica o especialista. 

Ele recomenda ainda que esses locais sejam sempre limpos com pano úmido e sabão, realizando também a desinfecção periódica com produtos eficazes contra vírus, bactérias e fungos. Otsuka reforça que, ao usá-los, é importante ler as instruções contidas no rótulo e testar em uma pequena parte da superfície para confirmar que não manchará o móvel.  

Uma última dica do médico, para se proteger de doenças e da proliferação de fungos, é enxugar bem o corpo após o banho e evitar acúmulo de umidade por longos períodos, que pode acontecer devido ao suor ou ao uso de roupas úmidas, por exemplo.


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