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Problemas oculares afetam mais as mulheres

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), duas a cada três pessoas cegas no mundo são mulheres

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É sabido que as mulheres costumam se cuidar mais do que os homens: vão ao médico com maior frequência, fazem exames periódicos e, em geral,  estão mais atentas à saúde mental e física. Entretanto, pesquisas indicam que elas são mais vulneráveis quando o assunto é doença ocular.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), duas a cada três pessoas cegas no mundo são mulheres. Entre os problemas oculares mais comuns no universo feminino estão a Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI) – principal causa de cegueira no mundo – retinopatia diabética, glaucoma, catarata, entre outros. 

Predisposição a doenças se deve a vários fatores

Segundo o médico oftalmologista e professor da Ulbra, Cesar Silveira, essa propensão feminina decorre de muitos fatores, entre eles a questão genética e comportamental. “DMRI é uma degeneração que ocorre nas células da retina, a parte do olho responsável pela captação da imagem e do envio dessa informação para o cérebro. O ‘desgaste’ ou degeneração das células centrais da retina causa perda visual central, ou seja, na região onde focamos objetos, rostos, palavras ou letras”, explica o médico. 

Ele chama atenção, também, para o fato da expectativa de vida das mulheres ser superior à dos homens, o que as deixaria mais propensas aos problemas decorrentes do envelhecimento, como é o caso da DMRI e catarata.

Da mesma forma, a gravidez também é um período em que as mulheres devem redobrar os cuidados com a saúde ocular, considerando as grandes alterações físicas e psicológicas. A pré-eclâmpsia – que é o aumento da pressão arterial – e o diabetes gestacional podem acarretar problemas graves de visão.

Riscos podem ser reduzidos

A boa notícia é que muitos dos fatores de risco para essas doenças podem ser evitados. “Os grandes inimigos são o tabagismo, a hipertensão arterial, colesterol alto, diabetes, aterosclerose, circunferência abdominal fora dos padrões de normalidade, alto índice de massa corporal, exposição excessiva aos raios ultravioleta e pouca atividade física. Esses fatores têm grande impacto e dependem apenas de mudanças nos hábitos de vida,” afirma o especialista.

 Para a manutenção de uma boa saúde ocular, Silveira recomenda ainda que as mulheres fiquem atentas a algumas orientações, como:

- Redobrar os exames oftalmológicos após os 40 anos;

- Conhecer o histórico de doenças na família;

- Manter atividade física regular;

- Parar de fumar;

- Manter uma alimentação balanceada;

- Proteger os olhos dos raios UVs.


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