Saiba como se proteger das “doenças de inverno”
Crianças e idosos precisam de maiores cuidados nessa época
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Os cuidados com a saúde precisam ser constantes, mas o frio rigoroso do inverno nos deixa ainda mais atentos. Sem falar da prevenção à Covid-19, que sem dúvidas, é um fator determinante para este reforço. As baixas temperaturas facilitam o surgimento de algumas doenças mais comuns nessa época do ano.
As “campeãs do ranking” são as respiratórias como gripe, faringite, sinusite e pneumonias. Complicações de doenças crônicas como asma e enfisema pulmonar também são muito frequentes no frio. “Os sintomas mais comuns nestes casos são mal estar, tosse, febre, falta de ar e chiado no peito”, informa o chefe do Serviço de Medicina Interna do Hospital Moinhos de Vento, Sérgio Brodt.
Além disso, há a piora de doenças cardiovasculares como angina e risco de infarto. Os acidentes vasculares cerebrais também são comuns com a piora do frio. A chamada vasculopatia periférica, condição em que há um lento estreitamento e endurecimento dos vasos sanguíneos, também aparece nessa época. “Isso acontece, pois há uma piora da circulação nas extremidades do corpo, como mãos, pernas e pés”, explica o médico. Nestes casos, é preciso estar atento aos sintomas como pressão alta, palpitações, dor no peito e manter-se aquecido.
Crianças e idosos merecem atenção
Apesar de todos estarmos expostos, alguns públicos são ainda mais vulneráveis às doenças no inverno. É o caso das crianças. As doenças respiratórias como gripe, resfriado, otite, amigdalite, bronquite e asma são as que mais afetam os pequenos.
Para os que frequentam escolinha, onde o contato com outras crianças é mais próximo, os pais e professores devem orientar a higienização das mãos, com lavagem ou uso de álcool em gel. “Também é preciso cuidar da limpeza das salas e manter os ambientes bem arejados. Eles devem estar bem agasalhados e hidratados. Além de manter a vacinação em dia”, orienta Sérgio.
Os idosos, considerados do grupo de risco, também sofrem no inverno. O principal problema é o agravamento de doenças crônicas já existentes, principalmente as respiratórias e cardiovasculares. “Os cuidados gerais devem ser redobrados nessa classe. É preciso estar sempre aquecido e agasalhado, evitar exposição prolongada ao frio externo, tomar as medicações de uso contínuo com regularidade e manter o acompanhamento médico. Além de não descuidar da alimentação, hidratação e manter a vacinação em dia”, reforça o médico.
Cuidados contra a Covid-19 diminuem outras doenças
Os protocolos de higiene e proteção que já seguimos desde o início da pandemia, como redução de aglomeração, diminuição de contato direto com outras pessoas, higienização das mãos e uso de máscara são eficazes no combate ao coronavírus e também contra as demais doenças comuns virais.
“Essas infecções virais que acontecem no inverno muitas vezes, impulsionam as bacterianas, que podem se instalar após uma virose. Elas também tendem a diminuir com essas medidas usadas na pandemia”. Segundo Sérgio, além do “protocolo padrão”, há outras medidas que podem ser adotadas no dia a dia e ajudam na prevenção de doenças nessa época:
- Usar luvas, gorros, mantas e calçados fechados, mantendo o corpo aquecido, sem esquecer das extremidades;
- Em dias de chuva, evitar ficar com roupas molhadas por muito tempo;
- Tomar bastante água, pois é comum a desidratação pelo frio. O ideal é a ingestão de aproximadamente dois litros de água por dia. Isso ajuda a reduzir o ressecamento das vias aéreas, que é um fator de risco para infecções respiratórias;
- Manter uma alimentação balanceada e saudável;
- Praticar exercícios físicos regulares pois o corpo produz e libera calor, mantém o condicionamento e a capacidade respiratória;
- Evitar aglomerações e ambientes mal ventilados;
- Fazer higiene das mãos e evitar tocar nos olhos, na boca e mucosas;
- Estar com as vacinas em dia, principalmente as da gripe.