Vacinação contra a Covid-19: tire suas dúvidas
Com o aumento da população sendo vacinada contra o coronavírus, também surgem dúvidas. O Bella Mais traz as informações que você precisa para tomar a vacina
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A vacinação contra a Covid-19 está em ritmo acelerado no Rio Grande do Sul, o que é uma ótima notícia. Mesmo assim, ainda existem muitas dúvidas sobre o vírus de uma maneira geral e agora também a respeito da vacina. Me vacinei, e agora? Existem cuidados especiais que devem ser feitos após tomar o imunizante?
O Bella Mais conversou com o infectologista do Hospital Moinhos de Vento, Paulo Ernesto Gewehr Filho, para esclarecer as principais questões que envolvem as medidas que devem ser adotadas após a vacinação. Entenda:
Quais os principais cuidados temos de ter entre a primeira e a segunda dose?
O principal cuidado é a manutenção das medidas de prevenção individual (uso de máscara, álcool gel e distanciamento físico) e o distanciamento social. O organismo leva um tempo - em média de 15 a 30 dias - para adquirir a proteção. E na primeira dose ela ainda é inferior em relação a quem já tomou as duas doses
Quem já teve Covid-19 pode se vacinar?
Sim, mas o indivíduo terá que aguardar um mês. A contagem vale a partir do primeiro dia do sintoma ou, em caso de assintomáticos após o resultado positivo do exame RT-PCR.
Gestantes e puérperas podem se vacinar?
Os dados ainda são limitados sobre o uso da vacina Covid-19 em gestantes e puérperas, mas o Ministério da Saúde, divulgou recentemente uma série de orientações sobre a vacina para estes grupos. É interessante que a grávida ou lactante converse com seu médico para avaliar e receber a orientação para o seu caso.
Posso ter gripe comum ou até mesmo COVID-19 após tomar a vacina?
Sim, pode. Nem todos os indivíduos vacinados ficam imunizados, ou seja, protegidos contra a Covid-19, devido à resposta individual de cada um. No geral, as vacinas têm grande eficácia em prevenir a doença na população.
Quais as reações mais comuns à vacina?
Não é regra, mas é possível que algumas pessoas tenham reações à vacina. As mais comuns são dor, inchaço e vermelhidão no local da aplicação; sensação de febre ou a febre propriamente dita; calafrios e indisposição. Dependendo da vacina, algumas pessoas também podem sentir dores de cabeça, dor no corpo, calafrios, enjoos, cansaço e náusea. Mas isso varia de indivíduo para indivíduo.
Existe algum alimento/bebida que deve ser evitado após a vacina?
Não! Não existe nenhuma evidência científica que aponte que a ingestão de qualquer alimento ou mesmo que a bebida alcoólica antes ou após a aplicação da vacina possa alterar a sua eficácia.
Existe alguma medicação que tenha de ser evitada?
Neste momento, não. É comum que outras vacinas tenham sua resposta reduzida pelo uso de alguns medicamentos, como os corticóides, imunobiológicos ou quimioterápicos, por exemplo. Mas não há estudos científicos relacionados a este fator com as vacinas da Covid-19.
Já tomei as duas doses, estou totalmente imunizado?
Na segunda dose, o tempo para que a vacina faça seu efeito máximo no organismo também varia entre 15 a 30 dias. Também é importante considerar que as eficácias de cada vacina também têm diferenças. Os riscos da contaminação diminuem, mas apesar de seguras e aprovadas, as vacinas ainda não desenvolvem a imunidade completa.
Depois de tomar as duas doses ainda preciso continuar usando máscara?
Sim. Vemos alguns países flexibilizando os cuidados, mas isso acontece conforme a análise do cenário de transmissão local: pela diminuição do número de casos e óbitos. Aqui no Brasil, ainda não estamos neste momento. Estamos vacinando rápido e isso é muito bom, mas a flexibilização dos cuidados só poderá ser feita a medida que o impacto da vacinação na população seja efetivo. Portanto, é essencial o uso de máscara, higiene das mãos, álcool gel e os cuidados com o distanciamento social a todos os vacinados. Enquanto a situação da pandemia não é controlada em nosso país, as medidas de proteção individual e evitar aglomerações continuam sendo os fortes aliados no combate à Covid-19. Só assim conseguiremos diminuir ao máximo o risco de transmissão e ajudar a desacelerar a pandemia.