Pesquisa mostra que 25% dos gaúchos compartilha suas senhas pessoais
Prática oferece riscos para a segurança dos dados e pode facilitar a ação de cibercriminosos; veja dicas de como se proteger
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Uma pesquisa inédita feita pela pela Netfive, empresa com foco na segurança da informação (SI) e serviços de TI, mostrou que 25% dos gaúchos compartilham senhas com colegas de trabalho, familiares e amigos. Outro dado do levantamento indica ainda que 65% das pessoas utilizam ou já utilizaram uma mesma senha em várias plataformas e aplicativos.
“Sua senha é algo muito pessoal. Por isso, as práticas identificadas oferecem riscos não só ao usuário, mas em alguns casos, até mesmo para a organização onde ele trabalha. Ao repetir a senha ou compartilhá-la, a pessoa acaba deixando suas informações mais expostas, facilitando a ação de cibercriminosos”, alerta Henrique Schneider, CEO da Netfive.
Atenção ao novos golpes
Mesmo adotando práticas como essas, que podem colocar em perigo os dados pessoais, a pesquisa apontou que 70% dos gaúchos consideram ter conhecimento intermediário sobre segurança da informação. Schneider orienta, no entanto, que a busca por informações sobre novos golpes e formas de se proteger sejam frequentes.
“O conhecimento e aprendizado sobre segurança da informação deve ser constante, afinal, os golpes estão cada vez mais ‘sofisticados’ e o fator humano é decisivo quando falamos do assunto”, reforça.
O relatório IS4all - Segurança da Informação para todos - foi produzido a partir das respostas dos colaboradores de 23 empresas do Rio Grande do Sul de vários segmentos - a amostra chega a 20 mil colaboradores.
Mulheres esquecem senhas com mais frequência
Uma outra pesquisa, realizada em 2014 pela empresa de análise de dados R18, mostrou que 67% das pessoas que esquecem as senhas com mais frequência são mulheres. Na época, a senha do e-mail era uma das mais esquecidas, problema frequente para 55% das mulheres e 45% dos homens.
Uma das alternativas mais comuns para lembrar das senhas, conforme apontou o levantamento da Netfive, é anotar no bloco de notas ou em outro aplicativo do celular. Ou ainda, numa caderneta, práticas que são adotadas por 30% dos gaúchos e podem oferecer perigo à segurança dos dados. Para entender, então, como criar e manter as senhas mais seguras - sem correr o risco de esquecê-las - pedimos ajuda ao CEO da Netfive para listar algumas dicas.
Dicas práticas de como criar e proteger senhas
Antes de mais nada, Schneider afirma que a melhor senha é aquela que a pessoa sequer consegue lembrar. Como assim? Ele explica que atualmente existem aplicativos que criam e salvam as senhas. Para acessá-los, é possível usar a biometria, por exemplo, o que deixa todo o processo mais seguro.
Ou seja, não é necessário memorizar todas as senhas - ótima notícia para os esquecidos -, pois o aplicativo ficará responsável por salvar as informações e somente você terá acesso a elas. O CEO trouxe ainda outras dicas para garantir a segurança das senhas. Confira:
Crie senhas complexas, que tenham no mínimo 12 caracteres, incluindo letras maiúsculas e minúsculas, números e caracteres especiais;
Use aplicativos que criam e gerenciam senhas. Eles funcionam como um cofre de senhas e podem ser acessados através da biometria;
Há ainda outras plataformas, como o próprio navegador, que oferecem a opção de salvar senhas e podem ser utilizadas;
Também é possível adquirir a licença de antivírus que incluem softwares de gestão de senhas;
Evite colocar dados pessoais nas senhas, como datas de aniversário, CPF ou números de telefone;
Além disso, crie uma senha diferente para cada aplicativo ou plataforma e não compartilhe ela com outras pessoas.