capa

Empresas precisam liberar os colaboradores para assistirem aos jogos do Brasil?

Especialista explica o que os empregadores devem fazer durante o período e esclarece dúvida que tem se tornado comum nas organizações

publicidade

O maior evento do futebol mundial está chegando e os fãs do esporte já estão na contagem regressiva para o dia 20 de novembro, quando inicia mais uma edição da Copa do Mundo, neste ano no Catar. 

Mas enquanto todos aguardam o começo do campeonato, há uma dúvida que preocupa os torcedores: afinal, as empresas são obrigadas a liberar os colaboradores para verem os jogos do Brasil? 

A advogada trabalhista Caroline Gil explica que não, isso não é uma exigência prevista na legislação, mas os empregadores podem sim optar pela dispensa. “É a empresa que define se haverá expediente nos horários e dias dos jogos”, esclarece. Ela também orienta sobre como as organizações podem fazer isso.

Regras para cada caso

Para os casos em que ficar decidido que haverá expediente, Caroline esclarece que os colaboradores deverão trabalhar normalmente, sem direito à adicional de horas extras por não se tratar de feriado. “No entanto, o colaborador pode pedir folga no dia dos jogos, desde que haja compensação futura e a concordância do empregador”, afirma a advogada, que também é a criadora do método Conexão Trabalhista.

Já nos casos em que, por determinação da empresa, não houver expediente, o empregador poderá dispensar todos os seus colaboradores para assistirem aos jogos, podendo solicitar compensação futura das horas não trabalhadas. Também há a possibilidade de conceder folga, sem necessidade de compensação das horas em outra ocasião, de acordo com a especialista.

Qual a melhor opção?

Diante dessas possibilidades e alternativas, é comum que os empregadores fiquem em dúvida sobre qual é a melhor opção a ser escolhida. Segundo Caroline, mesmo que a empresa libere ou não os colaboradores, bom senso, diálogo e orientações claras são indispensáveis.

“Muitos conflitos e insatisfações são gerados pela falta de informação. Ouvir a equipe, avaliar a viabilidade da folga e comunicar os colaboradores com antecedência e clareza, é fundamental independente da decisão”, reforça a advogada.


compartilhe