capa

Comprar antes ou durante a Black Friday? Fique atento às promoções e evite fraudes

Consumidores precisam estar atentos para conseguir boas compras e evitar golpes, fraudes e enganações

publicidade

Esperar por novembro para efetuar aquela compra tão desejada com um bom desconto, procurar por itens de necessidade imediata ou ainda antecipar as compras de presentes de fim de ano já virou tradição. A Black Friday entrou no calendário do varejo nacional e caiu no gosto do público. As grandes redes varejistas chegam a competir na antecipação das promoções, gerando tentações aos clientes em boa parte do mês.

Vendas devem ser alavancadas pelo 13º e pela Copa

A proximidade da primeira parcela do décimo terceiro salário, como de costume, também contribui para o aquecimento do setor. Para alavancar ainda mais as vendas, 2022 ainda conta com mais um elemento a favor dos lojistas: a coincidência da Copa do Mundo - normalmente realizada na metade do ano - iniciar na mesma época da famosa última sexta-feira do mês, fazendo disparar a vontade por uma TV nova, que normalmente já costuma estar entre os produtos mais procurados. 

“Uma boa dica para aproveitar bem o período é fazer uma pesquisa prévia sobre os itens. Saber o valor normal de mercado é primordial para a efetivação de uma boa compra. Mesmo que o cliente não esteja por dentro, há ferramentas na web que realizam o monitoramento de preços”, aconselha Kátia Cristine Alves, professora de Ciências Contábeis da FADERGS.

Outro ponto bem importante para que a Black Friday valha a pena, do ponto de vista do cliente, é a tentativa de evitar a compra pelo impulso, gerado nas promoções. Para a professora, a melhor alternativa, nesse caso, é escolher produtos necessários. 

“Boa parte das vendas se dá porque o cliente considera que o item está muito em conta e quer tirar vantagem ou opta em adquirir um produto que ‘todo mundo tem’. Se tal comportamento gerar dívida ou grandes parcelamentos com juros, pode-se criar um problema de médio ou longo prazo”, enfatiza Kátia. 

Mesmo com tantas vantagens, período exige atenção redobrada 

“Muitos clientes não se dispõem a deslocamentos, o que eleva o grau de risco, com inconvenientes em várias esferas, como opções de pagamentos e responsabilização dividida por problemas nos produtos”, pontua Kátia, que recomenda que o cliente utilize o preço online como barganha para compra na loja física ou, ainda, selecione a opção de retirada em loja, a fim de evitar dores de cabeça.

No quesito segurança, alguns cuidados são primordiais, como se certificar que os sites são verdadeiros, se a compra é segura e se a reputação da empresa é boa. “Na internet, é preciso cuidar a URL, na barra de endereço do portal, que deve começar com ‘https’, a fim de evitar páginas gêmeas falsas e fraudulentas. Quando o vendedor é pouco conhecido, uma breve consulta ao Reclame Aqui também ajuda a solucionar a dúvida”, explica Adalto Selau Sparremberger, professor dos cursos de Tecnologia da FADERGS. 

Além disso, utilizar cartões digitais, evitar redes wifi e navegar em aba anônima também diminuem os riscos de se cair em golpes, ter os dados roubados ou fazer compras com descontos falsos.

“O cartão virtual pode ser emitido para operações únicas, o que evita clonagens feitas a partir da prática de phishing, facilitada pelo uso de redes wifi públicas ou abertas, mais vulneráveis. Já a utilização da aba anônima evita que o algoritmo mostre o produto a todo momento e com ofertas irreais”, explica Sparremberger.

Dicas para fazer boas escolhas e evitar golpes

Os especialistas listaram algumas dicas para quem quer aproveitar as promoções, mas sem correr riscos. Veja abaixo:

- Pesquisar o histórico de preços dos itens desejados;

- Evitar compras por impulso que gerem endividamento;

- Preferir loja física ou retirar o produto presencialmente;

- Consultar reputação do vendedor;

- Verificar a URL do site (deve iniciar com https);

- Usar cartão digital de operação única;

- Evitar redes wifi públicas ou compartilhadas;

- Navegar na web em abas anônimas.


compartilhe