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Aprenda a economizar na compra do material escolar

Os produtos ficaram, em média, 24% mais caros em 2022

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O fim das férias escolares está próximo e, em breve, as crianças voltarão às aulas. Mas antes é preciso ir às compras em busca do material escolar e, como de costume, os pais já notaram um aumento nos preços. Segundo um levantamento do Núcleo de Pesquisas do Sindicato dos Lojistas de Porto Alegre (Sindilojas POA), os produtos ficaram, em média, 24% mais caros. 

De acordo com o economista e educador financeiro, Everton Lopes, isso se deve principalmente à alta do dólar, pois grande parte dos materiais escolares são importados. Além disso, as indústrias ainda enfrentam uma escassez de matérias-primas. 

Portanto, a principal dica para reduzir os gastos é pesquisar, principalmente por causa da variação dos valores. “É possível encontrar alguns materiais que chegam a ter uma diferença de 400 a 1000% de um estabelecimento para outro. Por isso, a pesquisa de preços sempre foi e sempre será a melhor forma de economizar na hora da compra desses produtos”, ressalta Everton.  

Itens escolares com maior reajuste

Ainda conforme o levantamento do Sindilojas Porto Alegre, os itens que tiveram os maiores reajustes nos preços foram: cadernos, com um aumento de 19%, mochilas, com 20%, pastas de plástico, com 24% e livros, com um reajuste também de 19%. 

A estimativa de gasto médio por cliente ficou em R$ 174,70 e os materiais mais vendidos, segundo os lojistas que participaram da pesquisa, são cadernos, canetas, lápis, borracha e folhas de ofício - itens essenciais para qualquer aluno.

Para Éverton, outra sugestão para quem quer gastar menos é  comprar primeiro os itens escolares indispensáveis e depois, o restante da lista. Ele separou ainda outras dicas para diminuir os gastos, confira:

- Reutilize materiais escolares de anos anteriores que estejam em boas condições;

- Compre livros e outros materiais usados de outros colegas, desde que estejam em bom estado de conservação;

- Faça compras em conjunto. Os pais podem se reunir e adquirir os materiais juntos, e assim, barganhar alguns descontos ao comprar em quantidades maiores;

- Verifique se a escola realmente utiliza o material solicitado para o ano letivo e observe se condiz com o que está sendo pedido. Se já tiver esta informação, discuta com a escola a lista atual.

Alternativas para as compras e o pagamento

Pesquisar ou comprar os materiais escolares na internet também pode ser uma forma de economizar. Nesses casos, o educador financeiro Everton chama a atenção para alguns pontos: é preciso se certificar de que o site é seguro e que não há reclamações sobre a empresa. Também deve-se confirmar os prazos de entrega, para saber se a compra chegará antes do retorno às aulas e ainda, verificar quais as opções de pagamento. De acordo com o economista, pagar à vista é sempre a melhor alternativa, mas é necessário observar o orçamento da família.

Uma dúvida bem comum que surge entre os pais nesse período é se deve-se, ou não, levar as crianças para fazer as compras. Para Everton, esse momento pode sim contar com a participação delas, mas salienta: “Deve haver uma combinação prévia entre pais e filhos, para evitar situações embaraçosas”. O economista lembra ainda que a compra do material escolar pode ser uma boa oportunidade para começar ou dar continuidade à educação financeira dos pequenos.

por Vitória Nunes Soares

Como boa repórter, está sempre pronta para aprender sobre todas as coisas. Tem estilo low profile, ou seja, é meio sumida das redes sociais pois prefere viver.


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