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Saiba como economizar no orçamento doméstico

Com o aumento nos preços, é preciso usar alternativas para dar conta das despesas do lar

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Quem administra um lar, sabe: os preços aumentaram! Um levantamento feito pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) que teve como base o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que a média dos valores das despesas básicas das famílias brasileiras teve alta de 33% nos últimos 12 meses. 

Com isso, a economia doméstica ganha ainda mais importância - é preciso se organizar financeiramente para que não falte dinheiro no final do mês. 

Conforme explica o economista e professor da Escola de Negócios da PUCRS, Gustavo Inácio de Moraes, o momento é de recuperação no mercado de trabalho e na renda, após a série de mudanças causadas pela pandemia. E ainda que ela não tenha acabado, a sociedade teve de se adaptar a esta nova realidade.

“É um momento favorável para rever aqueles itens que no orçamento doméstico podem representar custos adicionais diante do aumento de preços. Nesse sentido, a adaptabilidade é a palavra de ordem quando se fala de orçamento”, destaca.

Para Moraes, é importante o consumidor reconhecer que todo bem ou serviço pode ser substituído ou alterado por outro, seja como uso cotidiano ou esporádico. “Esse foi o caso da carne bovina, substituída em muitos lares por carne de aves ou peixes, por exemplo”, aponta. 

Economia no dia a dia

Muitas vezes a economia se dá em atitudes simples, que quando incluídas na rotina, contribuem para a organização financeira. Quantas vezes por semana você vai ao supermercado? Já pensou em fazer compras em grandes volumes? “Elas permitem descontos maiores nas unidades adquiridas. Assim, os supermercadistas e varejistas estão mais propícios a concederem descontos quando há aquisição de grandes volumes”, indica o professor.

Outro hábito que ajuda na economia é organizar o orçamento doméstico em função dos dias e anotar os gastos, procurando manter a disciplina diária. "Se você dispor de 900 reais no mês, isso significa um gasto de 30 reais por dia, por exemplo. Organizar-se para obedecer o limite rende boas descobertas de usos alternativos, como o transporte público ou compras baratas”, comenta Moraes.

Mais um item importante é a permanente necessidade de negociar o preço, a famosa pechincha. “Faz parte da atividade do comércio trabalhar com margens e é justo que sejam remunerados pelo comércio. Mas, isto também evidencia que há espaço para negociação. É preciso não ter vergonha e, com gentileza, negociar o preço”, orienta. 

Como lidar com os “vilões”

Quando se fala em aumento de preços, a energia elétrica e os alimentos ganham destaque - eles têm sido os vilões do orçamento doméstico. Porém, é possível economizar também nestes dois itens. 

Na energia elétrica, dois aparelhos são decisivos: geladeira e chuveiro. “É preciso racionalizar o uso de ambos, evitando sobrecargas por uso e consumo excessivo. Assim, por exemplo, a troca por um chuveiro a gás e a troca por uma geladeira mais eficiente, embora caros, pagam-se em poucos meses na maioria dos lares”, indica o professor.

Já no supermercado, além das compras em grandes volumes na tentativa de conseguir descontos, é preciso procurar disciplina e sair de casa com uma lista de compras elaborada. “Ela ajuda a evitar tentações e consumo excessivo. Pense sempre no orçamento diário e converta os mantimentos comprados em dias de consumo”, finaliza.


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