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Negócios & Finanças

Renda extra: como se organizar para começar a fazer a sua?

Com energia, pesquisa e organização, suas habilidades podem ser usadas para complementar os ganhos no final do mês

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Desemprego, preços aumentando, menos dinheiro sobrando no bolso. E agora, o que fazer? A saída para esses problemas pode estar na busca por uma renda extra. Nos últimos tempos, muitos brasileiros decidiram empreender e abrir seus próprios negócios, como forma de equilibrar as finanças e complementar os ganhos da família. 

Isso se refletiu até mesmo nos dados. Segundo o Boletim do Mapa de Empresas do Ministério da Economia, no segundo quadrimestre de 2021, período que vai de maio a agosto, foram abertas mais de 1,4 milhões de empresas no país, um número recorde. “As pessoas precisaram buscar alternativas e viram uma oportunidade na abertura de seus próprios CNPJs, como microempreendedores individuais”, explica a professora da Escola de Administração da UFRGS, Daniela Brauner.

A docente percebeu um crescimento no número de empresas em áreas como: comércio de vestuário e acessórios, profissionais de beleza (cabeleireiras e manicures), fornecimento de alimentos e serviços de transporte. Essas atividades estão, muitas vezes, relacionadas às habilidades dos microempreendedores, que são transformadas em negócios. 

Ter conhecimento no ramo da atividade escolhida é, inclusive, uma das dicas de Daniela para quem está começando a empreender. “Busque fazer o que você sabe e gosta. Com dedicação, a renda extra pode virar sua principal fonte de renda rapidinho”, ressaltou. 

O que é necessário para começar 

A professora listou ainda alguns outros pontos importantes para aqueles que querem iniciar uma atividade remunerada extra. Veja abaixo:

Ter energia é fundamental, além disso, leia e pesquise bastante sobre o mercado que você quer empreender.

Busque parceiros e converse com outros empreendedores. 

Conheça bem as legislações para a atividade a ser desempenhada.

Não deixe de formalizar seu negócio.

Preze sempre pela qualidade e satisfação do cliente. 

Cuide das finanças, especialmente os microempreendedores individuais, e separe as contas e dívidas pessoais e as do seu negócio.

Segure os altos investimentos. É importante ter certeza de que o serviço ou produto será bem aceito no mercado, então valide o negócio em etapas e vá investindo aos poucos.

Com o avanço das mídias digitais, não esqueça de garantir uma presença digital e um bom posicionamento e atendimento nas redes sociais.

Procure ajuda especializada

Pessoas que têm uma ideia e querem transformar em negócio para fazer uma renda extra ou microempreendedores não só podem como devem procurar a ajuda de profissionais especializados. Existem diversos projetos de consultoria para empresas, como o SOS PME, do qual a professora Daniela é coordenadora. 

Hoje, com 350 voluntários, a rede de assessoria empresarial surgiu em 2020, em meio à pandemia, como um projeto de extensão do Centro de Estudos e Pesquisas em Administração da UFRGS.

“Identificamos a necessidade de ajudar as empresas a pensar formas de seguir operando e buscar alternativas possíveis de atuação. Através do nosso atendimento, propomos soluções para enfrentamento do impacto da pandemia, principalmente para aquelas pequenas empresas mais vulneráveis”, esclareceu a coordenadora. 

Só em 2020, foram atendidas mais de 120 empresas que, durante os atendimentos, receberam uma assessoria personalizada de grupos multidisciplinares compostos por alunos, professores e profissionais do mercado. O projeto segue ativo e outros detalhes podem ser conferidos nas redes sociais.


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