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Fatores emocionais contribuem para a queda de cabelo

Dietas, hábitos e outras doenças também podem intensificar a queda de cabelo

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O momento de adaptações e incertezas gerado pela pandemia de coronavírus tem afetado diretamente a saúde física e mental da população. Um dos sinais físicos mais notórios, depois de um grande abalo emocional, é a perda excessiva de cabelo - situação que pode se agravar neste período.

De acordo com a dermatologista Paula Voltarelli, de um modo geral, houve aumento da queixa de queda de cabelo durante a quarentena. “A modificação na rotina das pessoas e a falta de previsibilidade da situação atual contribuem para sintomas como ansiedade e estresse, relatados durante as consultas, que podem influenciar nesse aumento”, explica Paula. Ela pontua que as situações de grande tensão podem ser um gatilho para a alteração do ciclo capilar.

Os fios de cabelo passam por um ciclo de vida. A primeira fase, chamada de anágena, é quando eles começam a crescer. A fase catágena é a de transição entre o crescimento e a queda. Já a telógena, refere-se ao momento em que o fio cai. Paula explica que, diariamente, uma pessoa saudável perde cerca de 100 a 150 fios de cabelo, que corresponde a cerca de 5% a 10% do total. Entretanto, quando ocorre um evento de estresse, esse número pode aumentar para 200 a 300 fios por dia. Essa ocorrência é conhecida como eflúvio telógeno. 

A dermatologista ressalta que, além do estresse, quadros relacionados às doenças metabólicas, cirurgias como as bariátricas, dietas restritivas, infecções, febre e pós-parto são algumas situações que podem intensificar a perda de cabelo. O uso excessivo de secador e chapinha, alisamentos, tinturas, entre outras químicas, comprometem a saúde capilar. 

Inverno agrava a queda de cabelo

No inverno, a dermatologista também alerta sobre a diminuição da lavagem dos cabelos e o uso desmoderado de calor. “Com as baixas temperaturas, temos um aumento das queixas de queda de cabelo. Isso se deve principalmente a alguns hábitos que as pessoas adotam nas épocas mais frias do ano, como diminuir a frequência das lavagens, utilizar a água do chuveiro numa temperatura mais alta, aumentar o uso dos secadores de cabelo, podendo deixar o couro cabeludo mais oleoso e os fios mais frágeis e quebradiços, contribuindo para a piora da queda dos fios”, esclarece Paula.

Cuidados para evitar a queda

Uma alimentação balanceada pode contribuir para a boa qualidade dos cabelos, diminuindo a queda. “Alimentos origem animal como carnes em geral, ovos e leite, e vegetais como a quinoa, soja e amaranto são ótimas fontes de aminoácidos, substâncias essenciais para o bom funcionamento da saúde no geral, pois fazem parte de processos vitais, como a estruturação das proteínas no organismo”, explica Paula.

“Outros pontos importantes são uma boa frequência de lavagens, uso moderado de secadores e chapinhas e cautela com os procedimentos realizados em salão que podem agredir a haste capilar”, indica a dermatologista. 

Caso a queda de cabelo esteja fora do normal, é importante procurar ajuda profissional que indicará o tratamento adequado. 

 


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