Comissão Parlamentar de Inquérito, lixo na orla e reforma eleitoral
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Comissão Parlamentar de Inquérito
CPI ou CPMI, sem diferença de tramitação, apenas a primeira por uma das Casas Legislativas e a outra com integrantes das duas. Trata-se de instrumento político-jurídico de grande importância, sempre gerando expectativas. Contudo, na maioria das vezes sem resultados úteis, na medida em que os componentes se distanciam da real finalidade. Pois sempre instaurada para apuração, regrinha inafastável, de fato determinado. Não pode, a pretexto algum, estender-se. Inobstante, diariamente divulgação, no que tange à CPMI para apurar o ocorrido em 8 de janeiro, que pessoas serão ouvidas sobre a narrativa, termo muito usado ultimamente, de “joias e atestado de vacinação” . Ao nosso sentir, desperdício de tempo e custo, porquanto nenhuma relação com o fato originador da Comissão. Precisaria de outra própria. E agora, ao que entendemos ao relento legal, até porque a Comissão não tem recompensa a oferecer (não condena nem absolve), sendo proposta a investigado delação premiada. Não lhe cabe, com a devida consideração. A competência do Poder Judiciário, por iniciativa do MP.
Jorge Lisbôa Goelzer, Erechim, via e-mail
Lixo na orla
Concordo com a leitora Marisa da Rosa Flores (CP, 19/9) sobre o retorno de um velho problema que nos é muito caro, o lixo que retorna das águas quando ocorrem as cheias. É a falta de educação da maioria dos cidadãos que não separa os seus lixos e os joga nas ruas, nos riachos e nos rios. Tudo isso, toneladas de lixo que voltam das águas e trazem a sujeira e os entulhos para o Guaíba. Quando é que iremos aprender? Não adianta as autoridades lançarem alternativas como os contêineres se estes são mal utilizados. Faço minhas as palavras da leitora: “Muito triste ver os sonhos das pessoas se desfazendo e virando simplesmente lixo".
Adalberto N. Gaspar, Porto Alegre, via e-mail
Reforma eleitoral
Perdoem-me os otimistas, mas essa reforma começando por anistiar políticos e partidos de suas falsas prestações de contas e descumprimentos da legislação eleitoral chega ser um deboche. A população trabalhadora e pagadora de impostos se "vira nos trinta" para sobreviver pagando medicamentos e planos de saúde caríssimos, abdicando até de alimentação balanceada para as famílias. São tolerantes com essas reformas que só interessam à classe política. Como acreditar nessa democracia que privilegia os de sempre? E a comprovação dos bilhões recebidos em fundos partidários e fundos eleitorais? Dinheiro que poderia minimizar a deficiência de moradias e de escolas populares, no saneamento básico e evitar alagamentos em submoradias. Ainda há chance de o Senado vetar essa minirreforma.
Ramiro N. de Almeida Filho, Porto Alegre, via e-mail