Lixo na orla, protesto, remorso e falta de bom senso
Leitores do Correio do Povo opinam sobre o conteúdo publicado pelo jornal na edição impressa e plataformas digitais
publicidade
Lixo na orla
"É a natureza nos devolvendo o que jogamos nela", diz um morador sobre lixo na orla do Guaíba. Depois das fortes chuvas, as enchentes que destruíram tantas cidades, é até esperado que muito entulho e restos dessas cidades cheguem até o Guaíba. Muito triste ver os sonhos das pessoas se desfazendo e virando simplesmente "lixo".
Marisa da Rosa Flores, Sapucaia do Sul, via Instagram
Protesto
"Vendedores ambulantes fazem protesto no Centro Histórico e se reúnem com a Prefeitura." (CP, 19/9). A cidade precisa escolher se será do povo, dos pedestres e dos empreendedores formais, aqueles que trabalham dentro da lei, ou dos ilegais. O Centro está degradado. Há cerca de 30% de lojas fechadas, algo inédito. Hoje só quem consome na área é quem mora ou trabalha na mesma região. Os habitantes de Porto Alegre merecem um Centro decente, bonito, limpo e seguro. <TB>
Fabiano Rheinheimer, Porto Alegre, via Instagram
Remorso
O remorso estará em baixa nos tempos que correm? A angústia que levou Raskólnikov a confessar o assassinato da usurária, como descreveu Fiodor Dostoievski em “Crime e Castigo” estará fora de moda? Os malfeitores se sentem orgulhosos de poderem se safar. O exemplo de figurões burlando as leis dá a ideia de que o crime compensa. Flagrados dirão: “Engano de um assessor” ou “gravação tirada do contexto”. Mentir não é mais o pior pecado? O Estado é impessoal e, nele, os piores crimes podem abater inúmeros vulneráveis, mas, por isto, não se sentem culpados. Raskólnikov sabia que nada a traria de volta. Allan Poe, em “O demônio da perversidade”, disse que “estou em segurança, e vou permanecer a salvo (...) se não cometer a tolice de confessar!”. Mas o remorso o levou a isso. Acredito que era um bom homem comum.
Décio Antônio Damin, Porto Alegre, via e-mail
Falta de bom senso
Com razão José Pedro Naisser (CP, 18/9). Não há segurança jurídica num país onde as instituições pecam pela ausência de bom senso. Vivemos uma época trevosa na qual o homem chega a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto.
Luiz Serpa, Novo Hamburgo, via e-mail