Mais verde e menos cimento, alerta vermelho e justiça

Mais verde e menos cimento, alerta vermelho e justiça

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Mais verde e menos cimento

Não bastasse a devastação no Parque da Harmonia, a prefeitura anuncia que gastará mais de R$ 100 mil para a pavimentação de parte da praça Dr. Celso Pedro Luft, na Zona Norte, para criar uma Área Azul para 15 automóveis. Curiosamente, trata-se de iniciativa de um vereador, o que demonstra que, no ataque à natureza e em prejuízo dos cidadãos, os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário se tornam harmônicos. Convém lembrar que, no dia 25 de fevereiro de 1975, o então universitário mineiro Carlos Alberto Dayrell subiu numa tipuana ameaçada de corte no início da avenida João Pessoa para a construção do viaduto Imperatriz Leopoldina. O gesto teve repercussão nacional, desencadeou a conscientização pela ecologia e provocou a criação da Smam, a primeira em nível municipal no país. Mais: salvou uma dezena de árvores que nem precisavam ser derrubadas, pois permanecem vivas perto do viaduto. Cortar árvores para construir hospitais ou escolas não fere a cidadania, mas para erguer rodas-gigantes, construir Disneylândia Gaudéria ou estabelecer estacionamento horizontal é inominável. Em 1975, a luta pela preservação tinha um lema, “mais verde e menos cimento”. Quase 50 anos depois, parece necessário agregar: “E a luta continua”.
Sérgio Becker, Porto Alegre, via e-mail

Alerta vermelho

Com o avanço das mudanças climáticas provocadas pelo homem contra o meio ambiente, a utilização dos seus recursos naturais que já chegam a 125% da capacidade de regeneração, as empresas prometem a redução dos gases do efeito estufa para 2030. Vivemos a era da escassez, a marcha da insensatez, como a degradação da Floresta Amazônica, que antes produzia os rios voadores, que eram transformados em commodities hídricas para irrigação das culturas e chuvas para as regiões Sul e Sudeste. Hoje convivemos com o perigo do ponto de não retorno da floresta, que poderá virar uma enorme savana. Temos que agir pela regeneração do planeta Terra ou não teremos mais o direito de aqui permanecermos. 
José Pedro Naisser, Curitiba (PR), via e-mail

Justiça

Não tenho formação na área do direito, mas fui pesquisar e procurar algum motivo plausível para que um condenado a mais de 90 anos de prisão, com diversos homicídios, inclusive de dois policiais federais (CP, 26/8), pudesse migrar para o regime semiaberto com uso de tornozeleira. Cheguei a conclusão de que ou o advogado de defesa é muito bom ou nossa justiça está perdida e contaminada.
Jaime Pacheco Alves, Atlântida Sul, via e-mail


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