Léa Garcia morre em Gramado, ânsia por benesses e incoerência
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Léa Garcia morre em Gramado
Sinto-me triste com a morte de Léa Garcia, 90 anos, justamente no dia em que iria receber uma honraria inédita juntamente com sua colega Laura Cardoso no 51º Festival de Cinema de Gramado. A morte interrompe um trabalho de sucesso com mais de 100 produções no cinema, teatro e televisão. Foi indicada ao prêmio de melhor interpretação feminina no Festival de Cannes, em 1957, por sua atuação em Orfeu Negro, que ganharia o Oscar de melhor filme estrangeiro, representando a França. Juntamente com Ruth de Souza, Zezé Motta, entre outras artistas, foi uma das vozes que mais denunciou o racismo no meio artístico. O seu desaparecimento não desmerece a beleza e a emoção que senti ao vê-la na capa do Correio do Povo de terça-feira, justamente no dia em que ela e Laura receberiam o troféu Oscarito, que pela primeira vez era concedido a duas pessoas. Muito obrigado por tudo o que Léa e Laura nos proporcionaram e aplausos para essas duas artistas maravilhosas. Saudades de Léa.
Marina T. Gonçalves, Porto Alegre, via e-mail
Ânsia por benesses
Entre as atribuições dos parlamentares, e são múltiplas, embora não constando em texto legal, impossível e desnecessário, está a de não gerarem constrangimentos, pondo-se em posição censurável. A cada dia, alcançando algum tempo, ganhando manchetes nos veículos de comunicação, certos partidos e exercentes de mandatos pleiteando, num desrespeito ao eleitor, ministérios e outros cargos na esfera federal para apoiar o governo. O presidente Lula, já na arrancada, prevendo certamente a ganância, criou 14 ministérios, eram 23, hoje a enormidade de 37. Contemplou muita gente, inclusive adversários na campanha eleitoral, na ânsia de criar base de apoio no Congresso Nacional. E, agora, ao que parece, na medida em que as pretensões não sejam estancadas, mais alguns de repente. A propósito, o presidente viu-se compelido a dizer, para acalmar os ânimos gananciosos, que a reforma ministerial é missão exclusivamente sua. Um lembrete aos pedintes, saibam que o eleitor ao votar diz quem almeja seja situação e quem oposição. E ponto final.
Jorge Lisbôa Goelzer, Erechim, via e-mail
Incoerência
Porto Alegre tem uma lei ótima que proíbe fogos com ruído. No entanto, quando há manifestações em frente ao Palácio Piratini soltam rojões. Há três dias estamos sendo bombardeados com uma quantidade absurda de rojões, que assustam crianças, autistas, idosos, cachorros e impedem o trabalho de quem faz home-office. Afinal, a lei é para todos ou não?
Janice Sfreddo, Porto Alegre, via e-mail