Editorial

A defesa cotidiana da integridade física e psicológica das mulheres

Na briga entre marido e mulher, em nome da vida, vale a pena ‘meter a colher’.

Neste sábado, a titular da pasta da recém-recriada Secretaria da Mulher no RS, Fábia Richter, escreveu um artigo no Correio do Povo, expondo seus compromissos à frente da pasta. Ela reafirmou a atenção especial dada pelo governador Eduardo Leite ao tema da violência que assola as gaúchas, expondo uma série de medidas que serão tomadas, como a atuação integrada entre os órgãos públicos, a qualificação profissional, a melhoria das condições de albergamento, o monitoramento dos agressores, entre outros itens. Essas ações preventivas são muito importantes para que se possa promover uma defesa efetiva dessas cidadãs, que são filhas, mães, esposas, companheiras, namoradas, avós, todas merecedoras de proteção diante de uma violência gratuita que deve ser combatida com rigor.

Todos ainda temos na memória o trágico feriadão de abril de 2025, quando dez mulheres foram mortas por homens do seu entorno, os mesmos que deveriam protegê-las, mas agiram como os primeiros a agredi-las e a tirar-lhes a vida de forma vil. Em geral, são crimes de autoria conhecida, mas que encerram uma maior dificuldade de prevenção do que outros delitos igualmente graves por conta da proximidade entre o agressor e a vítima. É por isso que iniciativas de curto prazo, como eventuais prisões em casos graves ou o uso obrigatório de tornozeleira eletrônica, devem ser adotadas com outras de médio e de longo prazos, como campanhas contra o machismo nas escolas e nas comunidades, buscando educar as novas gerações. A par disso, é imprescindível incentivar as denúncias, que podem ser feitas pelos canais competentes para as autoridades, a fim de que o poder público possa agir com a devida celeridade. Qualquer pessoa pode reportar casos de abuso e de ameaças à integridade física e psicológica das agredidas.

Precisamos avançar no sentido de criar uma rede protetiva para o segmento feminino. Aquele ditado de que em briga de marido e mulher ninguém mete a colher favorece os criminosos e está na base de muitos assassinatos e agressões. Que não haja nenhum óbito a mais e que os dias e feriadões vindouros sejam apenas períodos de feliz convivência entre familiares e amigos.

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