Editorial

Correio do Povo, uma trajetória de 130 anos

Em seu primeiro editorial, fixou de forma cristalina os compromissos que seriam observados pelo seu veículo ao longo do tempo, com apurações independentes e imparciais, alinhando-se com as grandes causas da sociedade e apoiando de forma inequívoca a consolidação da República no país.

Neste dia 1° de outubro, o Correio do Povo, uma verdadeira instituição dos gaúchos, está completando 130 anos. O jornal, que já teve suas páginas lidas por leitores de três séculos, continua a participar do cotidiano do seu público, sempre propugnando pela notícia bem apurada e com a informação correta para que cada pessoa possa formar sua opinião com senso crítico, pensando independente.

Foi há cerca de 47.480 dias que vinha a lume a publicação de um jovem de 27 anos chamado Francisco Antônio Vieira Caldas Júnior (1868–1913), nascido em Sergipe e que migrou para o Rio Grande do Sul por força das atividades de seu pai, o magistrado Francisco Antônio Vieira Caldas. Em seu primeiro editorial, fixou de forma cristalina os compromissos que seriam observados pelo seu veículo ao longo do tempo, com apurações independentes e imparciais, alinhando-se com as grandes causas da sociedade e apoiando de forma inequívoca a consolidação da República no país, proclamada apenas sete anos antes. Esse texto funcionaria como um verdadeiro guia para as sucessivas gerações de jornalistas que viriam a desempenhar seu mister na redação desta importante “folha”, como bem designou seu fundador. A partir de então, o Correio do Povo passou a fazer parte do cotidiano da coletividade, fazendo grandes coberturas, nacionais e internacionais, e fornecendo aos seus leitores um noticiário de qualidade, além de publicar textos relacionados à educação, história, ciência, comércio e artes em geral, incentivando a elevação de vistas e o aprimoramento cultural dos habitantes do Estado.

Igualmente, é bom relembrar que a fundação do CP se deu como uma alternativa a um meio que até então era marcado por um jornalismo ideológico de paixões segmentadas. Trazendo a credibilidade e associando-a com a modernidade e a melhor tecnologia disponível, o jornal foi desbravando o futuro, sempre se respaldando nos seus leitores, assinantes, admiradores, colaboradores e anunciantes. Foi assim que chegou aos dias de hoje, pujante, mais que centenário e testemunha dos feitos, das façanhas e dos fatos marcantes ocorridos nesta porção meridional do país.

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