Editorial

Um desperdício a ser evitado

Esse desaproveitamento acaba sendo danoso não apenas para aqueles que passam fome, mas também para o meio ambiente. Urge conjugar esforços para erradicar o desperdício alimentar.

Como se sabe, a questão da boa alimentação, ou ao menos da nutrição elementar, é essencial para que as pessoas tenham um mínimo de dignidade no dia a dia, a par com outros itens fundamentais, como educação, cultura, lazer, trabalho e renda. Além disso, estar nutrido adequadamente é decisivo para que doenças possam ser evitadas e para que as pessoas possam ter preservadas suas integridades física e psicológicas no cotidiano.

Em face da relevância desse tema, a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), vinculada à Organização das Nações Unidas (ONU), promove, neste 29 de setembro, o Dia Internacional de Conscientização sobre Perda e Desperdício de Alimentos. Estimativas dão conta de que aproximadamente 931 milhões de toneladas de alimentos são desperdiçadas por ano globalmente. Esse desaproveitamento acaba sendo danoso não apenas para aqueles que passam fome, mas também para o meio ambiente, uma vez que essa produção desperdiçada contribui enormemente para as emissões de gases de efeito estufa, desmatamento e perda da biodiversidade. É por isso que a ONU, ao tratar deste assunto, busca compatibilizar suas ações com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). Em relação ao Brasil, o panorama é igualmente preocupante, com cerca de 12 milhões de toneladas de alimentos perdidos por ano, com prejuízo que supera os R$ 61 bilhões. Essas perdas são verificadas em todas as etapas do fluxo produtivo, produção, transporte, armazenamento, comercialização e consumo, envolvendo frutas, legumes e hortaliças, muito disso por falta de infraestrutura adequada. Iniciativas como os bancos de alimentos e uma logística adequada para o escoamento da agricultura familiar são extremamente necessárias para mitigar um cenário adverso.

No momento em que o planeta vive conflitos diversos, como guerras, migrações e tragédias climáticas, é preciso que os diferentes governos ajam no sentido de minorar as desigualdades. Enfrentar o drama da fome que aflige as populações mais fragilizados é um dever do mundo dito civilizado.

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