A prevenção contra um câncer perigoso
Assim como outras doenças de risco, o câncer do colo retal demanda um diagnóstico precoce para que se obtenha êxito no tratamento. No caso em tela, o SUS oferece os meios adequados para enfrentar a enfermidade.
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Ao menos três coisas são necessárias para um exitoso combate a uma doença: medicação eficiente, tratamento acessível e adesão do paciente. Isso não deixa de ser aplicável ao câncer de colo de útero. Com cerca de 20 mil casos por ano, ele é caracterizado pelo crescimento desordenado das células na sua superfície e pode invadir outras estruturas e órgãos, vizinhos ou à distância. Sua incidência causa enorme preocupação, pois ele ocupa o terceiro lugar como câncer mais comum, atrás apenas do câncer de mama e do câncer colorretal. No Brasil, de acordo com um levantamento do Instituto Nacional do Câncer (Inca), sua taxa de mortalidade está em de 4,51 óbitos/100 mil mulheres. Vale dizer que a taxa de sobrevida, segundo estatísticas globais, está em 66,7%. Mas para um êxito completo, há que se levar em conta variáveis como idade, presença de sintomatologia sugestiva de câncer cervical verificada a tempo e início célere do tratamento logo após o diagnóstico.
Em relação à medicação efetiva, já referida, ela existe e está disponibilizada pelo poder público via SUS. Trata-se da vacinação contra o vírus HPV. Segundo os especialistas, a estratégica é das mais eficientes e com melhor custo-benefício contra a enfermidade. Além de prevenir o câncer de colo do útero, o imunizante atua para reduzir as chances de a pessoa desenvolver outros cânceres, como o de pênis, de vulva, de vagina, de orofaringe e do canal anal e ânus. Como público-alvo preferencial para imunização, estão meninas e meninos de 9 a 14 anos e mulheres e homens de 15 a 45 anos que apresentem determinadas condições de saúde, como pessoas vivendo com HIV, transplantados de órgãos sólidos ou medula óssea, pacientes oncológicos, imunossuprimidos por doenças e/ou em tratamento com drogas imunossupressoras e vítimas de violência sexual, conforme informações dos órgãos de saúde.
Diante da possibilidade de prevenção e de cura eficaz, urge que todos os potenciais atingidos ajam com celeridade. O tempo é um ativo importante quando se trata de prevenção em prol da preservação da vida.