A voz da ciência deve ser escutada

A voz da ciência deve ser escutada

Vale lembrar que não se pode dar margem para que doenças curáveis e até julgadas extintas retornem e afetem milhares de pessoas apenas por conta da negligência daqueles que não veem com seriedade os alertas das autoridades.

Correio do Povo

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Um dos segmentos mais importantes para o bem-estar da população é o da ciência. É ela que vai realizar as descobertas e os meios que irão prover ações coletivas em defesa da saúde pública e do equacionamento de enfermidades que possam atingir cada cidadão e cidadã que buscam tratamento na rede assistencial. É por isso que tanto o poder público quanto o setor privado precisam estar atentos para agir com celeridade a fim de atender as demandas de forma satisfatória, seja pesquisando novas ferramentas e fármacos, seja ofertando técnicas e remédios já existentes e de eficácia comprovada.

Nesse sentido, vale lembrar que não se pode dar margem para que doenças curáveis e até julgadas extintas retornem e afetem milhares de pessoas apenas por conta da negligência daqueles que não veem com seriedade os alertas das autoridades do setor. Um exemplo lamentável é o do sarampo, uma doença viral altamente contagiosa que expõe infantes ao risco de morte e que parecia erradicada. Pois agora se constata que já existem vários casos no país, principalmente nas regiões Norte e Nordeste. O antídoto existe e é a vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola, e deve ser aplicada em duas doses, aos 12 e aos 15 meses de idade. Semelhante situação ocorre com a poliomielite, outra doença viral capaz de causar danos no sistema nervoso e provocar paralisia irreversível. Contra ela, recomenda-se a vacina oral já testada, administrada em gotas, a forma mais eficaz de prevenir a doença. Deve ser aplicada em quatro doses aos 2, 4, 6 e 15 meses de idade. Nesse diapasão, também passíveis de serem evitadas, estão a difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e Haemophilus influenzae tipo b, além da rubéola. 

Muito do recuo nos indicadores de cobertura vacinal se deve a boatos acerca das vacinas, obra de quem procura mais desinformar e confundir. Está comprovado que hoje as pessoas vivem mais graças à medicina. A voz da ciência deve ser escutada sempre.


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895