Atenção para a defesa dos animais

Atenção para a defesa dos animais

A Polícia Civil do RS deflagrou operação para combater condutas de crueldade contra animais, caça ilegal e tráfico de armas. É importante que a população apoie os órgãos públicos com informações e denúncias.

Correio do Povo

publicidade

A luta em defesa dos animais e contra os maus-tratos não poderá ser ganha sem que haja o envolvimento de toda a sociedade em relação a esse tema. As autoridades podem ser mais eficientes se houver o devido apoio com denúncias e informações para subsidiar as operações de enfrentamento não apenas em relação a pessoas malévolas no cotidiano, mas também no tocante a indivíduos, muitas vezes integrantes de organizações criminosas, que se valem desse tráfico ignominioso para obter lucro fácil ou para financiar novos delitos. Também não podemos esquecer aqueles que, nesse comércio ilegal, acabam fazendo uma encomenda de um exemplar que é retirado da fauna para satisfazer a um capricho, havendo vários levantamentos que indicam que, de cada dez subtraídos à natureza, apenas um chega à cadeia final da venda.

Segundo estudo da Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres (Renctas), o comércio ilegal de animais movimenta 2 bilhões de dólares por ano no Brasil. Aduz ainda que, anualmente, 38 milhões de animais silvestres são levados ilegalmente do seu habitat natural nas florestas brasileiras. Além disso, 60 milhões de peixes ornamentais são contrabandeados da Amazônia com para atender a uma demanda do mercado asiático.

É por isso que são imprescindíveis as operações desenvolvidas pelas forças policiais para coibir esse tipo de delito. Nesta sexta-feira, a Polícia Civil, por meio da 1<SC120,170> Delegacia de Polícia de Cachoeirinha, deflagrou a Operação Assis, com o intuito de reprimir condutas de crueldade contra animais, caça ilegal e tráfico de armas. Os 70 policiais civis e 32 guardas municipais cumpriram 19 mandados de busca e apreensão, apreendendo diversas aves nativas, tartarugas e outros animais, números que ainda estão sendo contabilizados.

Uma vez que esses seres vivos são incapazes de se defenderem sozinhos contra agressões, urge usar de todos os meios disponíveis para protegê-los. Essa é uma tarefa a ser assumida por toda a coletividade.

 


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895