Inclusão no esporte e na vida

O bem-estar de uma nação, em muitos pontos, pode ser medido pelos resultados em áreas importantes, como educação, cultura, esporte e lazer. Isso será um indicador de o quanto o poder público está vinculado aos interesses da coletividade. Tais aportes nesses segmentos remetem a uma pacificação social, com diminuição de conflitos e com a oferta de oportunidades para a população, notadamente para os mais jovens. A prática de atividades esportivas, a leitura, o teatro, a música, a criação de espaços de convívios são fundamentais para fomentar valores positivos nas comunidades, com interações saudáveis e significativas para todos os envolvidos.

Nesse sentido, de valorização do desenvolvimento dos nossos jovens, é exemplar e promissor o desempenho do Brasil no Parapan de Santiago, no Chile, que terminou neste domingo. Além de garantir a participação brasileira em Paris em 2024, a delegação nacional finalizou sua participação no evento com a melhor campanha da história, totalizando 343 medalhas, sendo 156 ouros, 98 pratas e 89 bronzes, 35 a mais que na edição passada, há quatro anos, em Lima, no Peru. Como líder do quadro de medalhas, o país ultrapassou os Estados Unidos, segundo colocado com 166 pódios, e a Colômbia, que ficou em terceiro com 161. Com isso, segue hegemônico na competição, liderando a classificação geral desde a edição do Rio de Janeiro (2007). 

Deve ser saudada essa iniciativa porque é meritória ao ser inclusiva e porque representa uma chance única de esses jovens desenvolverem seu potencial. É muito importante que tanto os entes federados, nas suas três esferas, quanto a iniciativa privada se unam para investir nesse segmento que está pronto para superar suas limitações, bem como para dar um norte virtuoso para toda a nossa juventude, que, não raro, se ressente de apoio para escolher seu rumo. É relevante que todos os setores hipossuficientes recebam o apoio que merecem como cidadãos para dar o melhor de si em prol dos seus sonhos e do desenvolvimento do país.