O gesto nobre da doação de sangue

Neste domingo, registrou-se a passagem do Dia Nacional do Doador de Sangue. Trata-se de uma data importante para incentivar as pessoas a doarem esse líquido vital para a vida dos receptores sem que haja qualquer tipo de prejuízo para o doador. Aliás, este é um jogo de ganha-ganha. Quem doa tem benefícios reconhecidos, como diminuir a pressão arterial, podendo melhorar inclusive os níveis de colesterol. Para quem recebe, a transfusão pode fazer toda a diferença a sua saúde, inclusive para ter sua vida salva por este gesto nobre. Esse procedimento é importante para quem precisa de inserções regulares dessa substância, a exemplo de transfusões de glóbulos vermelhos, indicada diante de anemia ou deficiência de ferro; de plaquetas, caso o corpo não as tenha em nível suficiente, não raro por causa de câncer e de seus tratamentos, que afetam tais células; e de plasma, que ajuda a substituir as proteínas no sangue que ajudam a coagular. Também podem ser necessárias após um sangramento grave ou na constatação de doença hepática.

Além dessas ocorrências frequentes, existem ainda situações extremas em que o sistema sanguíneo precisa de reposição por conta de cirurgias, sangramentos digestivos e tratamentos químicos contra o câncer. Isso serve para evidenciar a importância de ter um bom estoque nos hospitais e postos de saúde para eventuais emergências. Aí é que reside uma dificuldade recorrente: apenas cerca de 2% dos brasileiros são doadores, montante que o Ministério da Saúde quer aumentar, embora esse percentual esteja dentro dos padrões da Organização das Nações Unidas (ONU).

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), um único doador pode salvar até quatro vidas. Esse dado é importantíssimo e deve ser levado em conta pelo poder público no incentivo às doações. Ao povo brasileiro deve ser oportunizado o exercício da sua generosidade, de fazer o bem ao seu semelhante. Unir os polos, entre quem pode doar e quem precisa, é algo que pode e deve ser feito cotidianamente.