Medidas de subsídio ao planejamento

O Brasil tem um índice de desenvolvimento humano (IDH), medido pela Organização das Nações Unidas (ONU), muito abaixo do seu potencial econômico. Atualmente, ocupa uma posição constrangedora, perto de ser o nonagésimo nessa aferição, apesar de ser uma das dez maiores economias do planeta. Isso é algo plenamente verificável no dia a dia, diante do grande número de desempregados, do baixo desempenho escolar dos nossos alunos e da massa salarial estagnada. Um dos exemplos dessa baixa qualidade de vida está na questão da moradia, com o país tendo um déficit de cerca de seis milhões de residências. Faltam postos de saúde, faltam creches, faltam empregos, entre muitos itens.

Diante dessa realidade adversa, é urgente que os governos, nas diferentes esferas, federal, estadual e municipal, tenham celeridade e diligência para cumprir com suas atribuições. Nesse sentido, planejamento e programação orçamentária são essenciais, assim como o uso das novas ferramentas tecnológicas. Estas últimas são importantes para interagir com a população e para colher subsídios para as políticas públicas que devem ser implementadas de modo a atender as demandas coletivas mais urgentes e mais estratégicas. Vai nesse rumo a criação de uma plataforma anunciada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) visando à análise dos avanços sociais no país, valendo-se de 121 indicadores em segmentos como benefícios monetários e não monetários, pontos envolvendo a saúde sexual e reprodutiva, saúde materna e infantil, cobertura vacinal, previdenciária e serviços socioassistenciais.

Criar um instrumento que possa aportar uma colaboração necessária para o aperfeiçoamento dos mecanismos protetivos ligados ao Sistema Único de Saúde (SUS), à rede de assistência social e ao sistema previdência contribui para o bem-estar da coletividade. Medidas gerenciais sem o devido levantamento das variáveis envolvidas, com perdas para o erário, podem e devem ser evitadas.