O combate urgente à intolerância

O combate urgente à intolerância

O combate a todo tipo de intolerância deve continuar incessante e rigoroso. Urge explicar aos jovens o verdadeiro sentido dessa visão de mundo excludente, preconceituosa e genocida. Nisso, o ambiente escolar é decisivo.

Correio do Povo

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Vivemos tempos difíceis, com a ação de grupos terroristas, vândalos e indivíduos desajustados socialmente buscando confrontar o sistema democrático e os direitos de cada cidadão e cada cidadã dentro da democracia. A par disso, crescem as organizações criminosas cujo único objetivo é obter lucro fácil a qualquer preço, mesmo que seja o cometimento de crimes contra a vida e outros tipos de delito. Nesse contexto, o trabalho das autoridades precisa ser constante, visando a coibir tais condutas delituosas, o que implica ações de investigação e de repressão que precisam se valer da inteligência policial e da colaboração da comunidade. 

Diante dessa realidade, assumem renomada importância as ações que visam desbaratar grupos que cultuam ideologias totalitárias, como é o caso do nazismo, que tem a superioridade racial entre as suas premissas, e o fascismo, que defende uma estrutura de poder centralizada e autoritária. Esse esforço está sendo feito pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul, que, mais uma vez, na Operação Accelerare, em sua terceira fase, por meio da Delegacia de Polícia de Combate à Intolerância (DPCI), prendeu sete indivíduos e apreendeu um adolescente pelos delitos de apologia ao nazismo e associação criminosa. Na ocasião, foram também apreendidos materiais e simbologias de apologia às ideias nazistas, fardamento inspirado na SS, o exército nazista, armas brancas, simulacros de arma de fogo e literatura com conteúdo fascista e nazista. 

Esse enfrentamento à intolerância de toda espécie deve continuar incessante e rigoroso. Concomitantemente às atividades de repressão, urge explicar aos jovens o verdadeiro sentido dessa visão de mundo excludente, preconceituosa e genocida. Essa é uma tarefa que envolve famílias, professores e diversos profissionais que podem ajudar a esclarecer mitos e conceitos infundados, bem como canalizar a rebeldia para uma rota produtiva. O ambiente escolar tem de ser a base para campanhas preventivas e inadiáveis.


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895