Educação básica no orçamento federal

O país tem uma dificuldade recorrente no tocante ao ensino fundamental e essas adversidades também se fazem presentes nos anos iniciais. De acordo com a pesquisa Alfabetiza Brasil, realizada pelo Ministério da Educação (MEC) e pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), 56,4% das crianças que concluíram o 2<SC120,176> ano do ensino fundamental em 2021 não estavam minimamente alfabetizadas, quadro que foi agravado pelo advento da Covid-19. Isso é uma situação que deve servir de alerta para pais, professores, comunidade escolar, sociedade como um todo e, principalmente, o poder público, que tem a responsabilidade de gerir esse ensino nas três esferas, federal, estadual e municipal.

Buscando mitigar esse panorama preocupante, o governo federal está anunciando investimentos de R$ 2 bilhões em quatro anos para conseguir desatar esse nó. Nessa esteira, está fazendo um chamado para estados e prefeituras para que elaborem seus planos e projetos e se candidatem a esses recursos que serão despendidos no setor da educação. Os aportes poderão ser feitos em itens variados, como remuneração de profissionais de educação, aquisição de material didático e equipamentos em técnica digital (TIC). É muito importante que os órgãos dos demais entes federados consigam se organizar e ter um patamar técnico para apresentar suas demandas de forma apropriada à legislação vigente.

O Brasil como país em desenvolvimento está em busca de diferenciais que possam alavancá-lo rumo ao desenvolvimento. Não faz muito tempo, essa esperança era depositada no pré-sal. Ultimamente, tem se falado muito no hidrogênio verde e nas energias limpas. A verdade é que sempre se poderá encontrar um nicho para incrementar os rumos socioeconômicos da nação. Contudo, seja ele qual for, o país jamais poderá prescindir da educação, que é a base da formação de bons profissionais e de cidadãos conscientes de seu papel na coletividade.