O Brasil é mais feminino e idoso

O Brasil é mais feminino e idoso

O Rio Grande do Sul manteve o primeiro lugar entre os estados brasileiros no índice de envelhecimento, na idade mediana da população, de 65 anos. No país este grupo chegou a 10,9% da população, uma alta de 57,4%.

Correio do Povo

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A pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na semana passada, revelou que somos mais de 203 milhões. Ainda nascem mais homens, mas a partir dos 25 anos as mulheres assumem a liderança. O Brasil está cada vez mais feminino. Outro dado também relevante é o de que a população está envelhecendo mais rapidamente e os nascimentos estão em declínio. O RS manteve o primeiro lugar entre os estados brasileiros no índice de envelhecimento, na idade mediana da população, de 65 anos. No país este grupo chegou a 10,9% da população, uma alta de 57,4%, mostrando que o sistema de saúde pode não estar preparado e deverá enfrentar uma série de desafios, entre os quais a falta de estrutura.

Em 2022, 51,5% da população (104.548.325) eram mulheres, ante 48,5% (98.532.431) de homens, cerca de 6 milhões de mulheres a mais. A população feminina superou a masculina em 23 dos estados. No Acre, Roraima, Tocantins e Mato Grosso os homens são a maioria. Para os especialistas, as chamadas causas externas, como acidentes graves e violência urbana, que vitimam muito mais homens do que as mulheres, explicam a diferença. A razão de sexo, o número de homens para cada cem mulheres, passou de 96, em 2010, para 94,2 em 2022. O Sudeste tem a menor proporção de homens. A maior razão de sexo está na Região Norte, 99,7. Foi o primeiro censo que mostrou um número de mulheres maior que o de homens nesta região. 

O primeiro Censo Geral do Império foi realizado em 1872. Desde 1940, o IBGE é responsável pelo recenseamento, que passou ser feito a cada dez anos, exceto o Censo de 1990, que ocorreu em 91, e do Censo de 2020, adiado para 2022 e 2023. O trabalho permite dimensionar e mapear a distribuição espacial da população, analisar a evolução, traçar seu perfil e conhecer aspectos socioeconômicos do território. É importante para a elaboração de políticas públicas, para a distribuição de verbas federais e para a implementação de medidas de desenvolvimento social e econômico.


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