Atenção com os dispositivos digitais

Atenção com os dispositivos digitais

Em atenção à demanda, o governo federal decidiu elaborar um guia para orientar o uso e determinou que até o dia 23 de novembro ouvirá a sociedade sobre o uso correto de telas e dispositivos digitais.

Correio do Povo

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São inegáveis a importância e o desenvolvimento da Internet e dos dispositivos digitais neste século XXI. Não podemos dissociá-los da modernidade e do que trazem de benefícios para a sociedade. No entanto, o uso abusivo e constante, sem quaisquer regramentos, entre as crianças e adolescentes requer cada vez mais a atenção dos pais, dos professores e dos governos estaduais e federal. O Brasil segundo pesquisas é um dos países em que se passa mais tempo utilizando smartphones, tela e dispositivos eletrônicos. São nove horas diárias em média. Em 2022, 92% da população entre 9 e 17 anos eram usuários de Internet.

Em atenção a esta importante demanda, o governo federal decidiu elaborar um guia oficial para orientar o uso e determinou que até o dia 23 de novembro ouvirá a sociedade sobre estratégias para o uso correto e responsável de telas e dispositivos digitais. A importância deste assunto para incentivar a sociedade a contribuir com sugestões para o tema reuniu a Secretaria de Políticas Digitais da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República e mais cinco ministérios para lançar a iniciativa.

Porém, o uso excessivo ou inadequado está ligado a uma série de problemas elencados pelo secretário de Políticas Digitais da Secom, João Brant, como o aumento dos índices de ansiedade e depressão, distúrbios de atenção, atraso no desenvolvimento cognitivo e da linguagem, miopia, sobrepeso, problemas de sono, riscos de abuso e vitimização sexual, ameaças à privacidade e ao uso de dados pessoais e risco de vício em jogos eletrônicos. Do uso de dispositivos digitais também podem ser obtidos diversos benefícios relacionados a possibilidades educacionais e pedagógicas, oferta de aplicativos para acessibilidade para crianças e adolescentes com deficiência e formas inéditas de produção e distribuição de comunicação. Certamente a consulta pública e o guia irão contribuir e muito para as decisões dos pais e das escolas sobre o uso pedagógico e saudável das crianças e dos adolescentes.


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