Escalada de violência

Escalada de violência

No meio de uma situação delicada que o Brasil inteiro está acompanhando com preocupação, não se pode deixar de esperar que os criminosos sejam investigados, presos e punidos com todos os rigores da lei.

Correio do Povo

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A morte de um miliciano no começo da semana, no Rio de Janeiro, fez recrudescer a escalada da violência na capital fluminense, o que preocupa a Segurança Pública. A morte ocorreu na segunda-feira em um confronto com a Polícia Civil. Ele era sobrinho de um chefe da maior milícia da zona Oeste carioca, conhecida como “Bonde do Z”. Identificado como o “Senhor da Guerra”, ele praticava corrupção ativa, extorsão, homicídios e receptação. Em retaliação, criminosos incendiaram dezenas de ônibus, proporcionando um grande prejuízo às empresas. O governador Cláudio Castro assegura que seu governo não vai descansar enquanto não prender os culpados. Um grupo de 20 policiais civis de outros estados contribui com as investigações sobre facções criminosas no Rio. 

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou nesta semana que sugeriu ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) usar as Forças Armadas para conter a onda de violência no Rio de Janeiro. De acordo com Dino, o presidente deve consultar o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, sobre o envio dos militares. Além da Força Nacional, os efetivos da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal no RJ foram ampliados.

No meio de uma situação delicada que o Brasil inteiro está acompanhando com preocupação, não se pode deixar de esperar que os criminosos sejam investigados, presos e punidos com os rigores da lei. Diante do assunto em tela, é de se saudar a notícia de que a Polícia Civil gaúcha investirá em tecnologia para ajudar a localizar cativeiros. Trata-se de monitoramento de uma empresa israelense. É um programa que será utilizado mediante autorização da Justiça para localizar alvos e suspeitos. As principais finalidades serão a identificação de cativeiros, em casos de extorsão mediante sequestro, captura de foragidos perigosos, localização de suspeitos de crimes virtuais e até ameaças a autoridades. A decisão é elogiável, porque se criminosos utilizam a tecnologia, que as autoridades também façam uso dela.


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