Santa Casa: 220 anos de sucesso

Santa Casa: 220 anos de sucesso

Em 1814, transformou-se na Santa Casa de Misericórdia. Sua história confunde-se com a da capital gaúcha, que se emancipou em 1810. Dois séculos depois, transformou-se em um conjunto com dez hospitais.

Correio do Povo

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Quase todas as pequenas cidades são marcadas por três prédios: o da prefeitura, o de uma instituição religiosa e o de uma unidade de saúde. Mas isso nem sempre foi assim. A capital gaúcha, por exemplo, até início do século XIX, não dispunha de nenhum hospital, e os doentes eram atendidos em seus domicílios ou em dois albergues-enfermarias precários. Até que em 19 de outubro de 1803 foi inaugurada, como uma instituição privada de caráter filantrópico, a Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, que está completando nesta quinta-feira 220 anos de bons serviços prestados à saúde porto-alegrense e gaúcha. Em 1814, transformou-se estatutariamente na Santa Casa de Misericórdia. Sua história confunde-se com a da capital gaúcha, que se emancipou em 1810. Mais de dois séculos depois, a Santa Casa transformou-se em um conjunto de dez hospitais de diversas especialidades. O hospital mais recente é o Nora Teixeira, que será oficialmente inaugurado hoje.

Essa nova unidade do Complexo Santa Casa só tornou-se possível graças a investimentos de R$ 234 milhões doados por famílias parceiras. O novo prédio conta com a mais moderna tecnologia disponível e estará a serviço não só aos porto-alegrenses, mas a todos os gaúchos e será uma referência de excelência para todo o país.

É sabido que o Complexo Santa Casa atende pacientes do Rio Grande do Sul e, por isso, o projeto do Nora Teixeira surgiu da necessidade de uma nova e eficiente emergência para atender principalmente os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) de todo o Estado. Mas sua construção só foi possível graças ao altruísmo, filantropia e generosidade de tradicionais famílias e empresas gaúchas, que fizeram consideráveis doações que viabilizaram o projeto, cujo custo total da construção foi de R$ 284 milhões. Esse esforço e união mostra, mais uma vez, a importância de pessoas e empresas serem solidárias, contribuindo para o bem-estar de todos, pois a sociedade é uma via de mão dupla: quem ajuda acaba tendo retorno.


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